Crítica do Filme A Walk in the Woods

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Fora o trabalho e quando não estou trilhando por ai, meu segundo hobby é assistir filmes, muitos filmes. A formação em comunicação me fez tomar pelo gosto da “Sétima Arte” e sempre que tenho tempo busco me informar de lançamentos, produções alternativas e, claro, filmes outdoor. Eis aqui duas sugestões pra assistir quando estiver á toa ou quando o mau tempo impossibilitar a prática do seu esporte preferido. Ambas as dicas facilmente baixáveis na rede.
 Agora falando em cinema comercial, “A Walk in the Woods” (Ken Kwapis, 2015) é uma deliciosa comédia dramática adaptada do famoso best seller de Bill Bryson, que você já deve ter visto mais de uma vez na livraria e que por sinal eu não li. Mas isso não interfere no divertimento em acompanhar dois tiozinhos de idade trilhando os 3mil km da “Appalachian Trail”, caminhada que atravessa boa parte do nordeste dos Estados Unidos.
 Sem a reflexividade existencial de “Na Natureza Selvagem”, a seriedade intimista de “Livre” ou a dramaticidade trágica de “Evereste”, o longa de Ken Kwapis é apenas diversão pra família, uma agradável e descompromissada matinê que trata sobre amizade e dos limites da maturidade. Claro, tudo isso emoldurado por deslumbrantes paisagens de cartão postal.
 Contudo, é mesmo a química dos veteranos Robert Redford e Nick Nolte nos papeis principais que carrega o filme nas costas. E é essa interação entre os dois que nos faz até esquecer os inúmeros tropeços da produção. Como a da leve impressão de que ambos, além de carregar enormes cargueiras aparentemente contendo isopor, levaram seus bastões de caminhada apenas pra passear.
 
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Sobre o autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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