Spitzkopf de Guabiruba

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Depois de algumas semanas de tempo chuvoso, a previsão finalmente era boa (sem chuva, céu azul e poucas nuvens), então, uma coisa era certa: neste fim de semana haveria montanha! A incógnita era a de sempre, para onde ir? A primeira decisão saiu na quinta-feira a noite, iríamos em 4 pessoas acampar em algum lugar na Serra do Ibitiraquire.

Na correria pós-trabalho aprontamos as coisas e na sexta-feira a noite as cargueiras estavam prontas. Depois disso, finalmente sentei pra relaxar e vi que o cansaço acumulado era um pouco maior do que imaginava. E não era somente eu que estava assim, recebi uma mensagem de um dos membros da equipe dizendo que deixaria pra próxima, o que serviu de estímulo para eu também erguer a bandeira branca – também merecia uma noite de sono sem hora pra acordar…
 
No sábado de manhã, ao olhar pra fora da janela o céu não estava tão bonito como o esperado. O universo parecia conspirar a meu favor para ficar na cama sem remorso e, para não desapontá-lo, assim o fiz. No domingo, totalmente descansado, resolvi que era hora de suar o estresse do dia a dia e deixá-lo evaporar em uma trilha, preferencialmente em algum lugar novo. Ao consultar meu caderno de montanhas o lugar escolhido foi a Serra da Bateia, localizada nas proximidades da cidade de Brusque (SC), que há tempos estava nos meus planos.
 
Quem mora no Vale do Itajaí certamente já ouviu falar do Spitzkopf, a montanha mais famosa de Blumenau, mas poucos conhecem o Spitzkopf de Guabiruba, menor e menos frequentado que seu “xará”. Esse foi o pico escolhido para explorarmos neste domingo, e posso dizer que a subida e o visual não deixam em nada a desejar quando comparados a montanha blumenauense.
 
Chegamos no início da trilha (a cerca de 280 m.s.n.m.) por volta das 14:30 e começamos a caminhada. O caminho é bem batido, mas apresenta algumas bifurcações que levam a outras trilhas secundárias também bem marcadas, logo, se você não conhece o lugar é bom ter cuidado e estudar um pouco antes de se aventurar.
 
O trajeto é curto e não apresenta dificuldades técnicas ou grandes exposições, mas há certas “puxadas” um tanto escorregadias e com boa inclinação (especialmente o trecho final que desemboca no cume), suficientes para dar uma cansadinha se você resolver deixar a bota em casa e subir com um Vibram FiveFingers, o que eu tive a brilhante ideia de fazer.
 
Atingimos o ponto culminante da montanha (aproximadamente 680 m.s.n.m.) em pouco mais de uma hora, isso que optamos por dar uma explorada em uma rota secundária durante uns 15 minutos – que aparentemente era outro caminho até o ponto inicial. No cume há um trecho que segue em frente e termina em um mirante com uma bela vista da região de Brusque, confere aí:
 
Lá de cima também é possível avistar o Spitzkopf de Blumenau e boa parte do PARNA Serra do Itajaí, além de outros picos da própria Serra da Bateia, os quais pretendo explorar em breve. Infelizmente as fotos dessas montanhas não ficaram legais por conta de umas nuvens que se aproximavam e aparentavam trazer chuva. E foi justamente por conta dessas nuvens que logo decidimos voltar.
 
A descida foi rápida. Chegamos no carro a tempo de ouvir o final da transmissão de Corinthians e Palmeiras e comemorar a vitória do verdão (foi mal aí Pedro Hauck – hehehe)… No fim das contas, ainda que tenha sido um bate e volta acelerado, valeu a pena largar a zona de conforto e relaxar no meio natural. Que venha agora o feriadão de céu azul com mais montanhismo e mais relatos. Até breve!
 
 
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