Escalador falece em muro artificial de escalada em Minas Gerais

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O escalador Aldo Vinícius Zeferino de Freitas, sofreu um acidente em um muro de escalada artificial numa academia de ginástica em Belo Horizonte, sofreu traumatismo craniano e faleceu.


Na segunda feira, dia 12 de Abril, um acidente numa estrutura artificial de escalada, dentro de uma academia de ginástica em Belo Horizonte, abriu um precedente único na história da escalada brasileira. Foi a primeira vez que alguém veio a falecer em decorrência de um acidente em um muro de escalada no país.

Os muros de escalada são estruturas artificiais que reproduzem os desafios de uma escalada em rocha e são planejadamente montados para proporcionar situações que ajudem no treinamente de escaladores. Neste caso, o muro não ficava dentro de um ginásio de escalada, mas sim numa academia de ginástica normal.

O relato que circula nas listas de discussão pela internet, é que Aldo “Vinicinho”, como era chamado, caiu quando estava clipando a terceira costura de uma via que ficava em um teto. Ele não chegou a cair no chão, a elasticidade da corda, junto com a sobra dela, fez que o escalador tocasse o solo, batendo a cabeça e vindo a sofrer um traumatismo craniano. Uma grande fatalidade.

Vinicinho tinha 35 anos e possuía grande experiência na escalada, sendo inclusive conquistador de algumas vias na gruta do Baú, em Pedro Leopoldo – MG. Há rumores de que ele havia sido um dos responsáveis pela montagem do muro em que ele sofreu o acidente.

A família realizou a doação dos órgãos do escalador e ele foi sepultado ontem.

Acidentes em ginásios.

Acidentes em ginásios e muros de escalada não ocorrem com muita freqüência, dado a popularidade e o fácil acesso a elas. São reportados poucos casos ao ano.

Geralmente as estruturas artificiais são muito seguras, pois são planejadas para ter quedas pequenas, quando a escalada é guiada, e ter locais de ancoragem resistentes para os top ropes. Muitos ginásios não permitem o uso de freios convencionais, como o ATC, obrigando os escaladores a usarem freios automáticos para evitar problemas com distrações.

Por conta destas características, é mais comum a existência de acidentes com boulders do que com paredes guiadas, pois na primeira pode acontecer do escalador cair de mau jeito.

Em Curitiba, cidade que tem três ginásios de escalada e uma grande tradição, houve somente dois casos de acidentes que resultou em traumatismo craniano, mas ambos foram por imperícia dos envolvidos.

Em um dos casos, o escalador subiu a parede sem clipar a segunda costura da via e caiu tentando clipar a terceira, vindo a bater forte na parede. Em outro caso, um route setter estava preparando uma via e deixou cair uma agarra que se chocou contra a cabeça de um escalador que estava no solo. Em ambos os casos não houve complicações maiores e os escaladores se recuperaram mais tarde.

Apesar da gravidade deste acidente, não há motivos para se alarmar, já que foi um caso isolado sob circunstancias particulares que não caracteriza algo normal que possa acontecer novamente.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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