Quais são as montanhas mais perigosas do mundo?

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Medir o grau de dificuldade de uma montanha é sempre relativo. No Himalaia, onde estão todas as montanhas com mais de 8 mil metros do mundo, foi utilizado um índice onde divide-se o número de pessoas que chegaram ao cume das montanhas pelo número de montanhistas que ficaram pelo caminho, chegando assim numa estatística de qual seria a montanha mais perigosa do mundo. As montanhas mais famosas ficaram em segundo plano, confira:

Annapurna – 55 mortes registradas (Nepal) 

Com 8078 metros de altura e uma porcentagem de 40,15% de mortes, a montanha Annapurna é a mais perigosa do mundo. A primeira pessoa conseguiu chegar ao cume em 1950 e menos de 200 pessoas já conseguiu repetir a façanha.

Nanga Parbat – 62 mortes registradas (Paquistão) 
A montanha tem 8125 metros de altura e tinha o percentual de mortalidade em 70% durante os anos 90. Atualmente esse índice caiu para 5% mas a subida continua sendo uma das mais cansativas, pois conta com uma parede vertical de mais de 4 quilômetros. Além disso, são poucos os alpinistas que resolvem se aventurar por ela atualmente. O acesso é difícil, o que também retarda a chegada de resgates em casos de acidentes.

K2 – 60 mortes registradas (Paquistão e China) 
É a segunda mais alta montanha do mundo, atrás apenas do Everest, e foi apelidada de “A Montanha Selvagem”. Com altura de 8611 metros, a sua dificuldade é resultado dos delicados pilares de gelo e superfícies íngremes e rochosas. Um a cada cinco alpinistas que tentaram chegar ao seu cume faleceu.

Manaslu – 52 mortes registradas (Nepal) 
Ela é uma das mais famosas entre alpinistas por ser uma das mais fáceis de escalar, mesmo sendo muito alta e perigosa. A primeira pessoa a escalou em 1956 e seu índice de mortalidade é de cerca de 21%.

Kangchenjunga – 40 mortes registradas (Nepal e Índia) 
Um dos picos mais fatais de todo o mundo, é uma das únicas montanhas que não teve o índice de mortalidade continuamente diminuído com o passar do tempo. Na verdade, o seu índice de mortalidade tem crescido, sem sinais contrários. O clima traiçoeiro e avalanches são os principais fatores de risco. Há ainda a lenda entre os povos de Nepal de que a montanha é uma mulher que deseja brilhar mais que todas as outras, o que a torna a montanha mais perigosa para o público feminino.

Dhaulagiri – 56 mortes registradas (Nepal) 

Também localizada em Nepal, o nome Dhaulagiri significa “montanha branca” e a principal causa de mortes de alpinistas que tentam chegar ao seu cume são avalanches. Ela possui 8172 metros de altura e é considerada uma das montanhas com maior índice de sucesso, com taxa de risco de pouco mais de 17%, apesar de não ser facilmente acessada por um montanhista inexperiente.

Makalu – 24 mortes registradas (Nepal e China)
A montanha Makalu fica a pouco mais de 22 km de distância do Everest e a dificuldade em chegar ao seu cume se dá principalmente pelas subidas íngremes. O primeiro alpinista a escalá-la por completo foi apenas em 2002. Os brasileiros Irivan Gustavo Burda e Waldemar Niclevicz também conseguiram cumprir a tarefa com sucesso.

Gasherbrum I – 22 mortes registradas (China e Paquistão) 
Localizada na fronteira da China e Paquistão e com altura de 8068 metros, ela é a décima primeira mais alta montanha de todo o mundo. Sua fama foi aumentada por causa do filme “Gasherbrum, a montanha luminosa”, em que o escalador Reinhold Messner narra toda a jornada extrema de chegada ao cume.

Shishapangma – 19 mortes registradas (China)
É mais baixa montanha na lista de mais altas do mundo, com altura de 8012 metros. Ela chama a atenção por ter sido a última com mais de 8 mil metros a ser escalada, em 1964. É considerada uma das mais perigosas do mundo por conta do grande número de avalanches e ventos, além de ser de difícil aclimatização.

Everest – 186 mortes registradas (Nepal e China)
A montanha mais famosa do mundo tem altura de 8850 metros e foi conquistada em 1953. O alpinista brasileiro Vitor Negrete era muito experiente mas não resistiu à subida, provavelmente por ter sofrido edema cerebral durante o trajeto. Aproximadamente 800 alpinistas fazem o trajeto anualmente e o seu índice de mortalidade cai progressivamente.

 

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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