Alpinistas alemães libertados na Turquia

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Os três alpinistas alemães seqüestrados ao leste da Turquia em 8 de julho por membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram libertados, segundo informou neste domingo a rede de televisão turca NTV.

A notícia foi confirmada posteriormente pelo Ministério de Relações Exteriores turco, que indicou que os três alemães passam bem e estão sob a custódia das autoridades da Turquia.

O governador da Província de Agri (leste), Mehmet Cetin, informou em comunicado que eles foram libertados nesta manhã por guerrilheiros do PKK em uma colina na zona do monte Ararat, onde foram capturados na semana passada.

Cetin destacou que o grupo de rebeldes “compreendeu que estava cercado” pelo desdobramento militar estabelecido após o seqüestro e decidiu libertar os três prisioneiros.

Cerca de 30 minutos depois de serem libertados, os alemães, de 33, 47 e 65 anos, foram localizados por uma patrulha de soldados e levados a um posto militar. Posteriormente, foram transferidos ao comando de Dogubeyazit, aos pés do monte Ararat.

Sobre o estado de saúde dos alpinistas, Cetin indicou que é o mesmo de qualquer pessoa “que tenha passado 11 dias na montanha”, mas não deu outros detalhes.

Após um primeiro interrogatório, os alemães viajarão à cidade de Agri, onde se encontra a delegação alemã, que colaborou com as autoridades turcas durante o seqüestro. Berlim enviou um grupo de seis agentes para participar da libertação dos cidadãos do país.

O governador insistiu em que a libertação aconteceu graças ao amplo dispositivo militar mobilizado para impedir a fuga dos seqüestradores e destacou a firmeza do governo alemão ao não ceder às exigências do PKK.

O grupo pediu, em comunicado, após a captura dos três alemães, que Berlim detivesse “as políticas hostis contra o PKK” como condição para libertar os prisioneiros.

O PKK está proibido na Alemanha desde 1993 e ainda hoje ocorrem julgamentos no país contra simpatizantes de grupos considerados afins ao partido.

Na imprensa alemã se cogita a hipótese de que o seqüestro possa ter ocorrido em resposta à recente proibição de uma rede de televisão curda na Alemanha.

Em maio, o Ministério do Interior proibiu as emissões na Alemanha da Roj TV, uma emissora que transmite desde a Dinamarca, com o argumento de que possui idéias afins ao PKK.

Os três alpinistas faziam parte de um grupo de 13 escaladores e foram seqüestrados por um comando de cinco rebeldes quando pretendiam escalar o monte Ararat.

Durante a última semana, quase 50 membros do PKK morreram em operações militares do Exército turco, enquanto a organização curda matou oito soldados, incluído um tenente e dois sargentos das Forças Armadas.

O PKK pegou em armas em 1984 para reivindicar a autonomia dos 12 milhões de curdos que habitam território turco e, desde então, mais de 35 mil pessoas morreram na guerra não declarada entre forças de segurança turcas e militantes separatistas curdos.

Fonte:&nbsp, Folha on line

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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