Pois é, a temporada 2008 na Argentina terminou para mim. Mas apesar de já estar de volta ao Brasil, não posso deixar de contar minha última aventura: o Cerro Negro (2.600m).
Mostrando: Colunistas
Recomeçamos a encontrar os totens de pedra e mais a frente cruzamos um filete de água potável que escorre pela pedra nua. Paramos antes de cruzar um pontilhão metálico para beber e lavar as feridas. Ouvimos alguns gritos e vimos o grupo de São Paulo sinalizando do alto da crista, esperamos ali pela chegada deles e depois partimos juntos. O pontilhão de ferro com piso de madeira vence uma profunda fenda onde despenca um córrego. No lado oposto começa uma extensa escadaria com degraus de ferro chumbados na pedra coberta de barro negro.
Hoje acordei de bom humor! Assim vou contar um segredo. Conheço um lugar fantástico de florestas e campos de altitude…
Aproveitando que o verão está chegando e com ele as condições propícias para a formação de tempestades, que maioria das vezes trazem consigo descargas elétricas, os chamados relâmpagos; apresento agora um apanhado geral sobre estes fenômenos meteorológicos que podem surpreendê-lo em suas andanças pelas montanhas.
Este final de semana, no Cuscuzeiro (Analândia SP), houve uma *desagradável* ação por parte de alguns escaladores locais que, contrariando o que vinha sendo discutido pela comunidade local, resolveram agir por conta própria.
Para a garotada nova que esta iniciando a escalada em rocha, talvez este nome não seja tão conhecido, mas para quem iniciou os primeiros passos inspirados pelos vídeos “Masters of Stone” essa lenda levou muita gente a se arriscar! Quando solei pela primeira vez um terceiro grau na Urca, a primeira pessoa que pensei ao iniciar a via foi esse cara, claro que nem se comprara com as peripécias desse monstro da escalada, mas inspira e muito quando o assunto é se lançar no desafio.
Meu último texto postado, um simples relato da travessia da Serra dos Órgãos que escrevi em 2002, tinha por objetivo apenas dialogar com o texto também recém postado do Marcelo Brotto e oferecer aos leitores duas visões do mesmo trajeto. Mas não foi isto que se viu e sofri um ataque virulento de 8 internautas (desconsiderando os IPs repetidos) que prontamente receberam combate de outras pessoas mais sensatas. Vírus x Anticorpos e a confusão estava formada para delícia dos detratores.
Esta semana fomos noticiados com o desaparecimento de um rapaz brasileiro na montanha mais alta da Bolívia. Além de estar em uma das piores épocas para escalar, o jovem Rodrigo Oleinski (que tinha a mesmo idade que eu) ainda optou de ir para a montanha sozinho.
Sem perda de tempo continuamos a subir pela trilha muito batida que corta a floresta em direção ao Açu. Alcançamos uma clareira onde a trilha se divide. O Pioli ficou com as mochilas na clareira observando uma grande ave empoleirada nas árvores enquanto eu, o Primata e a Juliana levamos os cantis pela variante à esquerda até cruzarmos um córrego ao lado de uma grande pedra.
Atitudes aparentemente impensadas podem resultar, as vezes, em excelentes resultados. O mês de julho havia iniciado e todos os meus planos de férias estavam cancelados. Planejei viajar para a Bolívia com o Élcio, escalar o Illiamani e percorrer a trilha inca, mas nada deu certo. O acúmulo de trabalho me permitiu poucas escapadas neste ano e o stress já alto continuava subindo quando o Pioli me ligou repassando um convite para escalar no Rio de Janeiro.