Cruz desaparecida do Aconcágua é encontrada

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Chegou ao fim mais um dos grandes mistérios da Cordilheira dos Andes. A antiga cruz que marcava o cume do Aconcágua, o ponto mais alto das Américas, foi encontrada por Hector Andres Rizzotti na última semana. O símbolo do cume estava desaparecido a mais de 10 anos e acreditava-se que havia sofrido um ato de vandalismo.

Hector com a cruz histórica.

“Eu tremia tudo ao tê-la nas minhas mãos. Quantas pessoas quiseram tocá-la e não conseguiram e quantos outros sim”, disse Hector sobre a emoção de encontrar o artefato histórico. A cruz sofreu vários golpes de pedras e foi levada para Mendoza, onde será restaurada.

Detalhes inscritos na cruz original do Aconcágua.

A peça feita de alumínio aeronáutico permaneceu no cume por mais de 50 anos até que em dezembro de 2009 foi registrada a sua falta. Apesar de os guarda-parques fazerem algumas buscas na época tentando encontrá-la e esclarecer o que havia acontecido, ela não foi localizada. Assim, como não tiveram sucesso foi decidido substituir a cruz por outra similar.

Por ter apenas 50 centímetros de altura, especulava-se que a cruz do Aconcágua havia sido levada em alguma mochila ou alguém que fosse contra a fé cristã houvesse atirado ela montanha abaixo. Entretanto, esse ano ao ser encontrada em uma canaleta próxima ao cume, discute-se que a hipótese mais provável é que tenha sido carregada pelos fortes ventos durante uma tempestade. Provavelmente a neve a escondeu por todos esses anos, e agora com uma temporada mais seca e sem grandes nevascas ela voltou à superfície e pode ser encontrada.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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