Daniela Teixeira manda notícias desde Skardu

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Com um bafo de sorte e um dia de sol, conseguimos voar ate Skardu. Um verdadeiro luxo, pelo que nos disseram os nossos atuais companheiros, que já estiveram aqui varias vezes e só desta conseguiram voar.


Numa hora, deliciamo-nos com as imensas vistas para as cordilheiras onde se localizam as maiores montanhas do mundo: Himalaia, Karakoram e Hindu Kush. Para os entendidos aqui vai: Lá de cima conseguimos ver o Nanga Parbat, Tirich Mir e o triângulo do cume do K2, entre outros colossos.

Mas a coisa não fica por aqui, apreciamos tudo isto desde uma posição privilegiada do avião! Fomos convidados pelo comandante a visitar o cockpit do pássaro de ferro, pelo jeito uma atenção habitual para com os turistas.

Skardu localiza-se num bonito e imenso vale plano rodeado por grandes montanhas.

Cidade?

Hummm…não com o sentido com que normalmente utilizamos esta palavra!

Cidade?

Skardu revelou-se um sujo e poeirento povoado as portas de uma das mais belas cordilheiras do mundo.

Cidade?

Apenas porque não existem povoações maiores em toda a região do Baltistão!…cidade!

Mais um dia atribulado, desta a fazer puzzles com a carga e os barris que a transportam.

Tudo o que levamos, será levado ao campo base por carregadores que transportam apenas e somente 25kg. Tal obriga a que tudo seja milimetricamente dividido, tarefa nada fácil de cumprir.

-Este tem 28 kg, aquele 24…

-Ok, tira um saco de bolachas desse e passa para aquele

-Agora este tem 26!

-Ainda não dá…

Amanhã, já com um dia de avanço, esperam-nos entre 7 e 12 horas de viagem, tudo depende do estado do estradão que nos levará a Askole, última povoação antes da marcha de aproximação.

Amanhã, vamos acordar tal como hoje…às 6 da madrugada, como as galinhas!

…ate breve…

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Sobre o autor

Texto publicado pela própria redação do Portal.

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