Família faz homenagens a brasileiro morto no Caminho de Santiago

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A família de Gilbert Janeri, brasileiro encontrado morto nos Pirineus, na Espanha, chegou em Santiago de Compostela neste domingo, dia em que o executivo havia planejado chegar. A data não foi premeditada, já que dependia do resultado do exame de DNA que demorou para sair. Eles levavam as cinzas de Gilbert, cremado no sábado na cidade de Pamplona. Pelo caminho percorrido, Sônia Janeri, irmã do executivo, o marido dela, a filha e o genro deixaram homenagens.

 

A família de Gilbert Janeri, brasileiro encontrado morto nos Pirineus, na Espanha, chegou em Santiago de Compostela neste domingo, dia em que o executivo havia planejado chegar. A data não foi premeditada, já que dependia do resultado do exame de DNA que demorou para sair. Eles levavam as cinzas de Gilbert, cremado no sábado na cidade de Pamplona. Pelo caminho percorrido, Sônia Janeri, irmã do executivo, o marido dela, a filha e o genro deixaram homenagens.

 

Sônia mandou fazer uma placa de mármore para o irmão e fixou em uma das trilhas do Caminho de Santiago, na chegada à cidade de Roncesvalles, na Espanha, perto do local onde o corpo de Gilbert foi encontrado.

 

– Colocamos muito próxima aos últimos passos dele – frisou Sônia, emocionada. – Todas as pessoas que começarem o caminho até Santiago em Saint-Jean-Pied-de-Port (cidade francesa) vão passar na frente dessa placa. Imagina que esse caminho existe há séculos. E daqui há séculos e séculos outras pessoas estarão passando por ali e transmitindo energias positivas para ele.

 

 

Em Santiago de Compostela, a família participou de uma missa, na Basílica, em homenagem a Gilbert. A cerimônia, celebrada em cinco idiomas, foi conduzida por um arcebispo e outros 14 padres, no domingo. A urna ficou em um canto do altar, ao lado da família. A igreja estava lotada.

 

– Eu nunca me emocionei tanto na vida – desabafou a irmã de Gilbert.

De lá, a família partiu para a Cruz de Ferro, a cerca de 250 quilômetros de Santiago, segundo Sônia, para realizar o último desejo de Gilbert. Antes da viagem, em tom de brincadeira, ele disse que gostaria de ficar pela cruz, caso não concluísse o caminho. Sônia espalhou as cinzas do irmão na grama de uma igrejinha ali perto. Ela optou pela igreja, já que a Cruz de Ferro é um local onde as pessoas costumam deixas as lamúrias.

– Estou com uma sensação de dever cumprido. Não sei explicar. Dá um aperto no coração da gente.

 

 

Em conversa, Sônia contou que estava concluindo a caminhada em homenagem ao irmão nesta segunda-feira, quando completa um mês da morte de Gilbert. A família recebeu um laudo emitido pelas autoridades espanholas, confirmando que o executivo foi vítima de uma parada cardiorrespiratória. Depois, já morto, é provável que ele tenha sido arrastado por uma avalanche penhasco abaixo.

Sônia e a família embarcam de volta para o Brasil nesta terça-feira, um dia após o planejado para o retorno de Gilbert. Ela tem certeza de que o irmão os acompanhou durante toda a viagem.

– Estamos nos sentindo muito leves – revelou Sônia.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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