Helicóptero de Simone cai no Nepal causando uma morte

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O helicóptero pilotado por Davide Spatolla colediu na área de Tumkot, noroeste do Nepal, em uma missão de resgate. Um dos ocupantes de nacionalidade nepalesa morreu no acidente, enquanto o piloto sobreviveu. Há outros dois feridos.

O helicóptro de Simone Moro, o mesmo que o alpinista italiano levou este ano ao Nepal para participar de missões de resgate na montanha sob a gestão da empresa Fishtail Air se chocou ontem, segundo informações do jornal local The Himalayan Times. O acidente provocou a morte de uma pessoa e três feridos dos seis ocupantes da aeronave.
 
Segundo os dados publicados pelo jornal nepalês, o helicóptero SS 350 B3 partiu de Hilsa, no distrito de Humla, cinco minutos antes das quatro e meia da tarde de ontem, com seis ocupantes. Ao que parece, sua missão era realizar uma operação de evacuação de uma série de pessoas na zona de Tumkot, muito afetada por inundações.
 
Os detalhes sobre a queda não são muito claros, alguns testemunhos apontam que o piloto poderia ter tentado uma aterrizagem de emergência quando se viu em problemas, resultando na queda inevitável, quando a aeronave se chocou em uma curva do rio Karnali. Os ocupantes foram evacuados do lugar, mas um deles faleceu a caminho do hospital. Segundo o The Himalayan Times, se trataria de Tek Bahadur Patali, responsável da estação de Humla da Autoridade de Aviação Civil.
 
O piloto Davide Spatola e outros dois passageiros sofreram ferimentos leves e não correm risco de morte. Foram transportados ao hospital de Simikot, onde recebem tratamento. Em declarações a Montagna.tv, Simone Moro, que se encontrava em Roma no momento do acidente, afirmou que "Me disseram que o helicóptero está destruído e que não foi por imperícia do piloto". O alpinista italiano irá ao Nepal assim que possível para comprovar pessoalmente o acontecido e o estado do helicóptero, que se incendiou depois da queda.
 
Um helicoptero famoso, uma tarefa perigosa
 
O helicóptero de Simone Moro se tornou famoso esta primavera por seus ousados resgates nas altas montanhas do Nepal. Em 21 de maio, bateu o record de resgate realizado na maior altitude da história, quando evacuou um canadense acima da yellow band na parede do Lhotse, na rota do Everest, a cerca de 7800 metros de altitude.
 
Posteriormente, participou da tentativa de resgate de Juanjo Garra no Dhaulagiri, onde salvou a vida de vários alpinistas também acima dos 7000 metros. Lolo Gonzalez e Enrique Osiel, testemunhos das operações desde o acampamento base do Dhaulagiri, manifestaram naquele momento dizendo que "o piloto arriscava a vida a cada vôo".
 
O fato é que os helicópteros trabalham ao limite de suas possibilidades no Nepal, fazendo do resgate uma tarefa muito perigosa. Não são raras as notícias de acidentes de helicópteros no país, cujas aeronaves devem sobrevoar algumas áreas mais altas do que se garante como seguro.
 
Esta queda de um helicóptero famoso relembra do acidente que Sabin Basnyat sofreu no Ama Dablam, o piloto que evacuou Juanito Orizabal, carlos Pauner e Horia Colibasanu desde os 7100 metros no Annapurna em 2011. Depois de realizar aquela magnífica operação a uma altitude extrema, o piloto de nacionalidade nepali faleceu ao chocar-se com a face norte do Ama Dablam.
 
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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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