Mateiros Montanhistas

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Ser montanhista já foi ser mateiro, hoje é quase sinônimo de ambientalista.


Pode não parecer, mas as trilhas da Serra do Mar, realmente, estão no meio da Floresta Atlântica.


Isso pode parecer óbvio, mas o visitante que percorre as tradicionais trilhas da serra, como as do Marumby ou Pico Paraná, se não ficar atento pode nem perceber. E não percebendo, não percebe também a bela história e as dificuldades dos montanhistas que primeiramente desbravaram aquelas bandas.




Claro que as árvores, bromélias fauna etc marcam sua presença e fazem o visitante se “sentir” na Mata Atlântica, porém numa mata pasteurizada, criada, ordenada e cuidada, muito diferente da mata que os Pioneiros encontravam ao abrir as trilhas!!!




Todo o entranhamento, dificultor do movimento, a aspereza, os espinhos e unhas-de-gato bem como, as taquarinhas impossíveis de transpor, estão a cada dia menos presente nas vidas dos montanhistas brasileiros.




Ser montanhista já foi ser mateiro, hoje é quase sinônimo de ambientalista.




Há menos de meio século, os mapas eram raros, e de difícil obtenção. Descobrir o simples nome das montanhas era uma tarefa árdua, e os equipamentos eram praticamente nulos. Barraca? Ou pesavam demais ou eram muito caras(e ainda pesavam), melhor eram técnicas clássicas de mateiros, rede, ou só uma lona. Os casacos, nada melhor que blusas de lã, e as botas? Feliz dos que tinham um coturno.




Subir o Pico Paraná hoje é infinitamente mais fácil que subí-lo há 50 anos, por isto escrevo este relato – para relembrar e parabenizar os Pioneiros do Montanhismo Paranaense (sem citar nomes para não cometer injustiças), fazendo com que os novos membros nunca esqueçam das dificuldades e grandes êxitos da nossa história, nunca menosprezando seus feitos.




Ler os relatos de conquista no site http://www.cpmorg.com.br/cpm/hist.asp é de fundamental importância para qualquer um que queira entender, refletir ou criticar o Montanhismo atual. Fica a sugestão.

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