Em 1993, a Mônica Pranzl, os americanos Rick e Darlene e eu fomos lá para escalar e encontramos na base oito ou nove gays que brincavam de desfilar. Enquanto um desfilava na parte plana de areia, os outros ficavam sobre as pedras torcendo e cantando, como se estivessem em um teatro. E anunciavam.. . “Agora na passarela, Suzana”, depois ia outro e a coisa se repetia… “Agora na passarela, Sophia”. Quando começamos a escalar, eles pararam com o desfile e passaram a nos observar. Quando eu dava segurança para o Rick, um deles ficava piscando para mim. Eles olhavam atentamente os nossos músculos quando escalávamos e faziam comentários baixinhos e picantes. Ficamos preocupados, afinal, eram oito ou nove contra nós quatro (dois homens e duas mulheres). Não havia o menor clima para escalar, resolvemos ir embora.
Quando eu era estudante de graduação na UFRJ, em 1985, fiz o mapeamento de quase todas as trilhas da Floresta da Tijuca, para medir a quantidade de sedimentos que saia delas e ia parar nos canais fluviais. Levei alguns meses para fazer o trabalho, eu ia sozinho para mapear as trilhas. Aprendi que sexta feira a tarde era o pior dia. Eu encontrei nas trilhas algumas situações de casais em situações embaraçosas e constrangedoras, inclusive de gays.
Tive a mesma experiência entre 1993 e 1996, quando fui 88 vezes trabalhar em laboratórios de hidrologia que montei na Floresta da Tijuca para a minha tese de doutorado.
Sugiro que a FEMERJ coloque lá uma placa dizendo “CUIDADO, NÃO ALIMENTE OS VEADOS”
No Alasca, li a seguinte frase numa placa de um campamento “CUIDADO, O CHEIRO DE SEXO PODE ATRAIR URSOS”. Também li a mesma coisa em um livro sobre prevenção contra os ursos. Se tivesse urso na Floresta da Tijuca…
Ô Bernardo, bem que você podia vestir uma fantasia de urso e ir lá para a Floresta espantar os veadinhos. O que você acha desta ideia? He he he… Nem precisa responder.
Boas escaladas e tomem cuidado com os veadinhos.
Antonio Paulo Faria