Pólo Norte pode ficar sem gelo no próximo verão

0

É o que diz o centro Nacional da Neve e Gelo dos Estados Unidos. Na Europa, estudos botânicos mostram que o aumento da taxa de calor global está afetando a distribuição de espécies vegetais de ambientes frios.


O Pólo Norte pode perder seu gelo neste verão devido ao aquecimento global, que está reduzindo a calota polar há uma década, algo sem precedentes na atualidade, advertiu nesta sexta-feira os climatólogos do Centro Nacional da Neve e Gelo dos Estados Unidos, com sede em Boulder (Colorado).

O Pólo Norte está coberto por uma fina camada de gelo. Segundo os estudos, há 50% de chance de ocorrer tal situação, tornando “concebível que em meados de setembro veleiros possam navegar do Alasca ao Pólo Norte”.

Os cientistas tem observado que nos últimos dez anos houve uma grande redução no gelo do Ártico, especialmente nos três últimos anos, e esta tendência a longo prazo fará com que não haja mais gelo no verão no oceano ártico até 2030, de acordo com a projeção feita tendo em base a manutenção das condições climáticas atuais.

Na Europa, as plantas também se afligem com o calor em excesso e para lhe escapar (enquanto espécies) conseguem subir montanhas.

É o que está a acontecer a pelo menos 171 espécies florestais europeias que, entre 1986 e 2005 (em comparação com as anteriores décadas do século XX), subiram em média 29 metros, montanhas acima, para escapar ao aumento da temperatura devido às alterações climáticas.

A descoberta, liderada pelo investigador francês Jonathan Lenoir, foi publicada na revista Science. O estudo mostra que o aumento médio da temperatura na Europa registado nos últimos anos afectou a distribuição das espécies florestais em latitude, longitude e também em altitude.

A subida das plantas foi em média de 29 metros, em busca do clima a que estavam adaptadas anteriormente, mas as espécies de montanha revelaram uma escalada mais acentuada, o que seria de esperar, dada a sua maior sensibilidade ao aumento do calor, segundo os cientistas. As alterações climáticas, diz Lenoir, são as responsáveis por estas alterações na distribuição das espécies.

Na América do Sul, principalmente nas montanhas andinas de baixa latitude, o aumento das temperaturas médias anuais estão literalmente “derretendo” as montanhas. É o que acontece na Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. Estas condições no gelo são as principais causas de acidentes em montanha, principalmente devido avalanches.

Equipe Altamontanha, com fontes de AFP e DN-online.

Compreenda melhor como o aquecimento Global está afetando as montanhas aqui.
Compartilhar

Sobre o autor

Texto publicado pela própria redação do Portal.

Deixe seu comentário