Vulcões da Cordilheira dos Andes

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A impressionante seqüência de vulcões dos Andes atrai do turista, que pode realizar simples passeios de trem, ao aventureiro que pode encarar longas expedições, muito gelo e dificuldades para conseguir chegar ao cume de uma montanha.


Há vulcões e montanhas para todos os gostos na Cordilheira dos Andes.

Do Equador ao Chile, é possível esquiar em montanhas repletas de neve eterna, banhar-se em piscinas de resorts cinco-estrelas aquecidas por lençóis freáticos de origem vulcânica e realizar escaladas de diferentes níveis, que vão desde expedições com grandes acampamentos até subidas menos complicadas de apenas um dia de duração.

Tudo isso se deve a cadeia montanhosa mais extensa do planeta, onde também é possível passear de trem pela Avenida dos Vulcões. A saída ocorre nas imediações do Parque Nacional Cotopaxi, nome do vulcão ativo mais alto do mundo, com 5.897 metros, e cartão-postal do Equador.

O trecho liga Tambillo a El Boliche e oferece panoramas maravilhosos de picos como o Altar, Antisana, Chimborazo e o próprio Cotopaxi. Detalhe: os passageiros viajam no teto da composição!

São cerca de 40 quilômetros de trajeto, com uma parada no povoado de Machachi, onde se pode saborear o canelazo, uma infusão de canela com laranja e aguardente. A opção mais moderna é o Chivas Express, mas há vagões mais simples, com saídas às 8 horas.

Em Quito, capital do Equador, um teleférico leva os turistas a 4.050 metros de altitude. A estrutura está montada sobre o ativo vulcão Pichincha. Dali abre-se uma vista espetacular tanto da metrópole, de dois milhões de habitantes, como de seus vulcões.

Além do Cotopaxi, o destaque é o Chimborazo, o mais alto do país, com 6.310 metros, onde Simón Bolívar deixou um poema em sua homenagem.

A exemplo dos demais países andinos, o Peru também conta com picos montanhosos cheios de história – basta lembrar que a civilização inca estabeleceu o centro de seu império em Cuzco – e de aventura, cujo expoente atual é a Cordillera Blanca, cenário de expedições e trekking no gelo.

Mas uma paisagem, em especial, merece ser admirada por todo viajante. Trata-se do conjunto harmônico formado pela bela cidade de Arequipa e o vulcão El Misti, que a resguarda ao fundo.

Situada no sul do Peru, Arequipa guarda um rico conjunto colonial, com catedral, monastério e uma ampla Plaza de Armas. Ostenta o título de Patrimônio da Humanidade, pela Unesco, e é conhecida como ´cidade branca´ porque em muitas de suas construções foi utilizado um tipo de pedra chamado sillar, extraída dos vulcões vizinhos – além de El Misti, há o Chachani e o Pichu Pichu.

Ainda ativo, mas sem histórico de erupção nos últimos 500 anos, El Misti (5.825 metros) domina a paisagem. No inverno, seu topo fica coberto por neve.Sua forma cônica à perfeição atrai fotógrafos e é um desafio aos aventureiros. É possível escalá-lo, mas caso você não possua experiência, a missão deve ser feita com o auxílio de guias locais, encontrados na Plaza de Armas e imediações. A expedição leva dois dias, com acampamento a 3.300 metros.

Não muito longe dali, mas já na fronteira entre Bolívia e Chile, ergue-se soberano o vulcão Licancabur (5.916 metros). É, sem dúvida, um referencial onipresente para os viajantes no Deserto de Atacama.

A seus pés estendem-se, a 4.400 metros de altitude, as Lagunas Verde e Blanca, cuja tonalidade das águas sofre sutis alterações conforme a intensidade do vento, que jamais pára de soprar.

Com boa dose de disposição, orientação e equipamento adequados, é possível escalar o Licancabur. Sua cratera também exibe uma lagoa cor de esmeralda. No local, antigos povos atacamenhos realizavam rituais e oferendas aos deuses. A caminhada ao topo do vulcão, que dormita há 35 milhões de anos, leva de cinco a oito horas e é realizada pelo lado boliviano. A infra-estrutura turística ainda é escassa.

Nas proximidades de San Pedro de Atacama, no Chile, outro vulcão bastante explorado é o Lascar (5.524 metros). A subida leva um dia, para chegar ao topo, e o serviço completo custa em torno de US$ 80 por pessoa e inclui lanche, traslado e guia.

Na Região dos Lagos, sul do Chile, o destaque são os vulcões Osorno e Villarrica, este a 12 quilômetros de Pucón. Esse trecho se consolidou como destino de praticantes de esportes radicais. Esqui, alpinismo, canoagem, rafting e trekking estão entre as atividades mais populares no pedaço.

A região é uma das mais bonitas e charmosas dos Andes e além dos dois mais conhecidos oferece quase uma centena de opções para os alpinistas mais experientes!

Para saber mais sobre o turismo pelos Andes, não deixe de conhecer a seção ROTEIROS ANDINOS.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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