O escalador Alex Honnold é conhecido mundialmente por suas escaladas em solo no El Capitan. Todavia, além de ser um atleta excepcional ele também dedica o seu tempo a outras atividades, como o estudo sobre questões ligadas ao ambientalismo.
Assim, ele publicou uma coluna com as suas conclusões sobre as mudanças climáticas e o que podemos fazer como indivíduos. Honnold fez um paralelo sobre o seu sonho de escalar em livre e sozinho o El Capitan em Yosemite, que lhe parecia um sonho impossível, com a necessidade de combate as mudança climática, que para muitos, parece longe do alcance.
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“Passei cerca de seis anos imaginando a escalada e secretamente esperando que isso acontecesse por magia. Mas parecia muito grande e assustador. Depois de anos de espera e desejo, percebi que a escalada exigiria uma ação real da minha parte”, escreveu ele.
A solução encontra por Honnold para conseguir realizar o sonho de escalar o El Capitan de tal forma foi dividir o grande desafio em pequenas partes e vencer uma por vez. “Eu vejo um paralelo real com as mudanças climáticas. É o principal problema que nossa geração enfrenta – um problema que parece grande e complexo demais para ser resolvido. É abrangente, impactando quase todas as outras questões ambientais que enfrentamos atualmente”, relatou ele.
Quais as soluções possíveis?
Honnold sempre foi defensor das fontes de energias renováveis. Ele possui uma fundação a Honnold Foundation que se dedica a levar energia solar a comunidades carentes de todo o mundo, e assim reduzir o impacto ambiental e aumentar a equidade social e econômica. De acordo com ele, a energia solar que atinge a Terra em uma única hora é suficiente para suprir as necessidades de toda a humanidade por um ano.
Durante os meses de isolamento social, Honnold se dedicou a estudar de que forma a população mundial poderia agir, de forma individual, para diminuir a extração e queima de combustíveis fosseis. Assim, ele apresenta algumas sugestões em seu texto.
Mude de Banco
“Já ouvimos algumas respostas antes – viajar menos, comer menos carne, ter menos filhos e votar. E, embora sejam importantes – cada um deles pode reduzir drasticamente nosso impacto pessoal na Terra – também podem ser vistos como grandes mudanças ou sacrifícios”, escreveu o escalador.
Todavia, Honnold não se restringe a apenas essa solução. Ele também aponta como uma ação a mudança de Banco, que de acordo com ele são as principais instituições financiadoras da exploração de combustíveis. “Um indivíduo pode se tornar vegano, adubar e diminuir o termostato apenas para descobrir que o dinheiro em sua conta poupança está financiando um oleoduto ou fracking”, declarou.
“A solução é educar-se sobre os valores e ações do seu banco. Escolha uma cooperativa de crédito local ou um banco maior com políticas ambientais mais progressivas”, destaca ele. “Se aprendemos alguma coisa com a COVID é que somos capazes de mudanças notáveis quando temos uma razão urgente para agir. É hora de começar a tratar as mudanças climáticas com a urgência que exige e tomar medidas pessoais para fazer a diferença”, finalizou Honnold.
O texto original de Alex Honnold pode ser lida na Climbing Magazine