A história começa há mais de uma década, quando iniciei minhas peregrinações pela Serra dos Agudos. Naqueles tempos fazíamos a…
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Todos os montanhistas e trekkers que conheço costumam manter um caderninho onde registram sua lista de desejos ou afazeres, aquelas aventuras que povoam seus imaginários aventureiros e desejam fortemente realizar algum dia na vida. Esse caderninho tem o condão, geralmente, de ser o fio condutor que leva à transformação destes sonhos em projetos e depois fazem destes projetos realidade. Por isso, além do próprio sonho costumam registrar outras informações relativas a eles, como dados de acesso e localização, dicas e quaisquer outras informações julgadas importantes. Não raro, mapas e até fotos são anexadas no tal caderninho, que hoje, obviamente com o avanço da informática, toma muitas vezes a forma de um arquivo eletrônico.
Fazia tempo que aqueles belos exemplares de bromélias não deviam sentir o cheiro de gente. Cansado, c/ o corpo moído, lacerado e ofegante em meio àquela exuberante selva, galgar a ultima piramba ate o alto da Serra da Graciosa era apenas mais um obstáculo a ser vencido. O som de veículos aumenta conforme nossa aproximação e nos dá algum alento a apressar o passo, q castiga o chão úmido, repleto de folhas e lama. Logo ressurgiríamos na civilização marcada pelo asfalto, mas os momentos e impressões dos três últimos dias percorridos sob condições adversas naquele trecho intocado da Serra do Mar paranaense, representado por um labirinto de rios furiosos e arvores gigantescas, ainda permaneciam vivos demais pra adotar qq postura conformista.
De dentro do ônibus lotado, vimos a serra ficar para trás, com seus cumes encobertos pelas nuvens. A travessia até a Graciosa tinha, pela terceira vez, morrido no Ciririca. Apesar disso, eu estava tremendamente satisfeito por ter feito algo que poucos já realizaram: ir de Bairro Alto até a Fazenda Bolinha, esticando até o Ciririca, num total de nove montanhas diferentes!
Relato sobre a travessia Ciririca-Graciosa de 29/30 de Abril e exploração de parte das encostas deste trecho da serra em 14 de Junho de 2001.
Texto de Julio Cesar Fiori.
Henrique Paulo Schmidlin-Vitamina: hpsvitaATgmail.com Geraldo Jorge Barfknecht: gbarfknechtATgmail.com Foto 01.Paulo Farina, 2008. Monte Ybiangi, 1178 m, município de Sapopema, PR,…
A quase dez anos atrás tive o privilégio de conhecer o “Peá”, nome carinhoso pelo qual é conhecido o Pico Agudo (P.A), imponente elevação repleta de lendas situada nos arredores de Sapopema (PR). Naquela época o lugar era desconhecido e reduto exclusivo de trilheiros locais, onde alcançar o alto dos seus 1200m representava uma aventura que demandava logística e determinação devido a ausência de caminho oficial pro topo. Uma década se passou e muito mudou, já que o pico se tornou atrativo turístico de Sapopema. Por conta disso decidi revisitar o lugar afim de avaliar mudanças, boas e ruins, num relato que escancara os contrastes de dois tempos desta bela montanha que, a despeito de tudo isso, ainda nos brinda com uma das vistas mais lindas do Norte Pioneiro.
As gdes montanhas paranaenses não se restringem puramente àquelas inseridas em sua verdejante Serra do Mar, como as do Marumbi e Ibitiraquire. Indo bem pro interior do estado, mais precisamente na região de Sapopema – área de transição entre o Segundo e Terceiro Planalto Paranaense – tb há respeitáveis serras q se erguem às margens do Rio Tibagi. E o Pico Agudo vem a ser o pto culminante da serra homônima, elevando-se a 1224m sobre um enorme chapadão e passível de ser conquistado num dia inteiro, com direito a muito vara-mato e escalaminhada. Um programa puxado q pode ser esticado em dois dias com pernoite de cume, numa região de rara beleza cercada de montanhas, florestas, rios e cachus. Uma montanha encardida com fama de ser tb detentora de mtas cascaveis e jararacas.
Assim como sua vizinha Paranapiacaba, Mogi das Cruzes está repleta de trilhas situadas tanto nas montanhas da Serra do Mar dos arredores como tb nos morros q cercam o perímetro urbano da cidade. Destas elevações destaca-se a Serra de Itapety, por sua vez detentora de belos mirantes como o tradicional Pico do Urubu e a pitoresca Pedra do Lagarto, esta última situada no extremo leste desta serra q se espicha quase q paralela à cidade. De fácil acesso, a Pedra do Lagarto é mais um destes lugares pouco conhecidos ideais prum bate-volta dominical em meio à matas próximas da urbe.
A Serra do Ibitiraquire entrou na minha vida através de uma pequena matéria na antiga revista Aventura Jah de Sergio Beck, pois até então eu nem sabia que o Paraná tinha montanhas… De certa maneira, o Estado que abriga o Marumbi (uma serra pouco mais ao Sul do Ibitiraquire) e uma das mais ricas culturas do montanhismo é fechado e divulgar suas belezas e seus encantos foi durante muito tempo algo proibido…