Hillo Santana é um grande personagem do cenário da escalada do Rio de Janeiro. Conquistador de diversas vias comprometedoras, ele mantém sua sina e abre uma nova via na Pedra do Sino: Nova Era.
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Após um tanto abandonamos o riacho e passamos a escalaminhar o ultimo trecho em meio a quiçaça lenhosa e muita bromélia, pra então emergir nos 1438m no topo do 00B, já no Tapapui, por volta das 17:30. Não deu nem tempo de descansar direito em meio à mata arbustiva ressequida, apenas pra apreciar o belo visual do mar de nuvens q cobria td ao nosso redor deixando apenas visíveis os cumes próximos, tanto da crista percorrida como do q ainda faltava. Por esparsas brechas nas nuvens vislumbramos as magníficas paredes do Morro Sete, as encostas do Pequeno Polegar e do Farinha Seca na vertente oposta. Sem mto esforço, avistavam-se neste &ldquo,marzão&ldquo, tb as &ldquo,ilhas&ldquo, do Ibitiraquire e do Marumbi, respectivamente ao norte e ao sul. Uma pequena clareira em meio à espessa vegetação parecia ser o único lugar decente pra pernoite no topo. No entanto um forte e frio vento começou a castigar o cume, ameaçando nos varrer dali. Isso bastou pra desestimular td e qq idéia de pernoite com bivake por ali. Sim, ninguém carregava barraca a não ser a Vi e o Fabio! Decidimos então prosseguir adiante rumo ao selado entre o Tapapui e Farinha Seca, por sinal bem mais protegido e confortável.
A Pedra Grande é um gigantesco e inconfundível bloco de granito encravado na Serra do Mar do distrito de Quatinga, região de Mogi das Cruzes. De relativo fácil acesso e aproximadamente 1100m de altura, do seu cume é possível avistar outro gde e imponente pico, situado a menos de 3km à nordeste. Pois este maciço atende pelo nome de Pico do Itaguacira e, à diferença de sua ilustre vizinha, deste não se tem info ou know-how algum de acesso ao topo, 100m mais alto. No entanto, ambas montanhas estão ligeiramente unidas por uma estreita e escarpada crista forrada de mata. Pronto, estava lançado o desafio de unir estes cumes, resultando numa curta e perrengosa travessia pra andarilho nenhum botar defeito.
É incontestável a fascinação exercida pelas histórias das ascensões em grandes altitudes nos Himalaias ou nos Andes e das conquistas de grandes paredes nos Alpes ou na Patagônia. A rocha exposta, o gelo alvíssimo e a falta de oxigênio exercem poder avassalador na mente de montanhistas e cineastas de todas as latitudes. Os dois primeiros são elementos muito fotogênicos e a mitologia encarnada no terceiro praticamente dominam a mídia esportiva e obscurecem tudo ao seu redor, mas felizmente o verdadeiro montanhismo, tanto o glamoroso quanto o incógnito, é praticado longe das câmeras. Até que existem tentativas de retratar o montanhismo tropical como bem demonstram alguns episódios da série &ldquo,A Prova de Tudo&ldquo, levada ao ar pela TV a cabo (exceto a inexplicável atração gastronômica por lesmas, insetos e fezes frescas), mas se detêm pelas bordas devido principalmente as dificuldades implícitas destas empreitadas.
O geólogo alemão Reinhard Maack é considerado por muitos como o pai da Geografia e Geologia do Estado do Paraná. Porém, além da importância de seus estudos para o reconhecimento das paisagens no Estado, Maack foi um explorador e sua vida é um capítulo onde a história das geociências e do montanhismo brasileiro se cruzam. Conheça um pouco a vida deste ilustre alemão de coração brasileiro.
Assim como sua vizinha Paranapiacaba, Mogi das Cruzes está repleta de trilhas situadas tanto nas montanhas da Serra do Mar dos arredores como tb nos morros q cercam o perímetro urbano da cidade. Destas elevações destaca-se a Serra de Itapety, por sua vez detentora de belos mirantes como o tradicional Pico do Urubu e a pitoresca Pedra do Lagarto, esta última situada no extremo leste desta serra q se espicha quase q paralela à cidade. De fácil acesso, a Pedra do Lagarto é mais um destes lugares pouco conhecidos ideais prum bate-volta dominical em meio à matas próximas da urbe.
É mais q sabido q a nossa Serra do Mar não é nada mais q uma beirada de planalto q despenca em direção ao litoral. No entanto, as últimas explorações sempre giraram em torno deste enorme degrau abrupto serrano e raramente acima dele. Pra sanar isto este fds meti as caras numa travessia selvagem nos arredores de Mogi das Cruzes q percorre um trecho da recém visitada Represa Andes, desce pelas nascentes do alto Rio Sertãozinho e finda na Cachu Furada, onde o rio inicia seu trajeto serra abaixo. Uma pernadinha básica q prova q novos perrenguinhos estão sempre ao alcance de cada um. E sem a necessidade de &ldquo,guia&ldquo, ou GPS algum, o q dá na mesma.
Espreguiço com vontade e pulo da rede. Um baita dia, aquele azulão no céu. Beleza pura quando olho pro pico da Neblina e pra serra do Camelo: estão despejados de nuvens, avistando-se, nos mínimos detalhes, o paredão sul do Neblina, esbranquiçado de liquens, e o paredão sudeste do Camelo, igualmente, coberto por essa associação de fungos e algas.
Partimos às 7:15, do acampamento montado na prainha às margens do Cauaburis e chegamos na boca do Maturaká às 8:15, lá permanecendo enquanto Arlindo leva Deisi, Flavia e os outros três yanomamis pra aldeia. Aproveito e mergulho na fresca água cor de caramelo do igarapé Maturaká cuja nascente é no pico da Neblina.
Chegou, enfim, o grande dia! Um baita solzão e aquele calor de antecâmara de inferno. Estou como o diabo gosta.