Pichação e desrespeito no Pico Paraná

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Neste ano de 2014 o Pico Paraná foi alvo de vandalismo e falta de educação por parte de alguns frequentadores. Montanhista denuncia ato, mas não obtém resposta de autoridades.

Quem for subir a montanha mais alta do Sul do Brasil irá estranhar algumas pichações feitas na rochas que destoam da bela paisagem existente ao redor. É que algumas pessoas mal educadas resolveram deixar um legado de sua passagem pela montanha, escrevendo seu nome em letras garrafais (e garranchais) no topo da montanha.
 
O montanhista que se prese ficará revoltado com o que vai ver, afinal quem gosta da montanha tem como seus valores a manutenção do estado natural delas para que os próximos possam se sentir como eles se sentiram ao chegar em um cume. Escrever seu nome numa pedra é ignorância, vandalismo, poluição visual e portanto crime ambiental, de acordo com o artigo 65 da lei 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998 que ainda sofre um agravo se for o local for tombado como patrimônio, como a Serra do Mar é.
 
O leitor Fábio Sieg presenciou a ação dos vândalos, que além de terem pichado, ainda fizeram fogueira com a vegetação nativa dentro do parque Estadual, o que não pode. A atitude irresponsável foi flagrada em fotos, os autores identificados através da ficha de cadastro da Fazenda Pico Paraná e o ato virou uma denúncia encaminhada às autoridades competentes IAP (Instituto Ambiental do Paraná), responsável pela administração dos Parques Estaduais paranaenses e Força Verde (Batalhão da Polícia Militar Ambiental do Paraná).
 
Até o presente momento Fabio diz que não recebeu informações se sua denúncia foi acatada e nem se os denunciados foram intimados e isso revoltou o montanhista que nos escreveu o depoimento abaixo:
 
Costumo subir o Pico Paraná e as outras montanhas da região todos os fins de semana.
 
Em Janeiro presenciei pichações no cume do Pico Paraná. Descobrimos os autores após identificar seus registros e encaminhamos com boa fé as denúncias ao IAP, Promotoria de Justiça e Delegacia de Proteção, contudo nada surtiu efeito de forma que mostrasse punição adequada. Ok, estamos falando de autores confessos, sem a menor sombra de dúvida da autoria do crime ambiental, mas não havia como lavrar um fragrante passada tal data.
 
Ocorre que sábado agora, ao subir novamente no P.P. lamentei uma tragédia, exponencialmente as pichações se multiplicaram, e os autores fazem questão de colocar até o endereço de residência.
 
Na volta o que era triste tornou-se revoltante, notei fogueiras e fui comunicar os "meliantes" dos riscos daquele ato, fui ignorado e um rapaz de bom grado monstrou-me a proeza anterior dos tais. Haviam pichado a casa de pedra e atacariam o Cume no dia Posterior. Com fotos do ato e tudo.
 
Desci a montanha de madrugada para comunicar a força verde, o atendente não sabia sequer onde ficava o Pico Paraná, e disse que por falta de efetivo não poderia fazer nada.
 
Estou repassando para qualquer meio que possa gerar uma reportagem e pressionar o IAP e a Delegacia de Proteção Ambiental a tomar providências.
 
É o momento da comunidade se reunir em prol da preservação da região. Dando-nos coragem para agir contra o vandalismo.
 
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Sobre o autor

Texto publicado pela própria redação do Portal.

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