As principais escaladas em alta montanha realizadas por Brasileiros em 2015

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Apesar de não ter grandes montanhas, o Brasil tem evoluído no cenário do montanhismo internacional. No ano de 2015, alguns brasileiros realizaram feitos notáveis no esporte que seriam dignos de reconhecimento no meio de montanha internacional. Conheça os principais feitos realizados por brasileiros no ano passado em montanhas de altitude.

Todos sabem que no Brasil não há montanhas de altitude, nem mesmo gelo e neve. Nem por isso há uma limitação para que montanhistas brasileiros se destaquem em altas montanhas. Ano após ano, montanhistas de nosso país têm realizado escaladas em montanhas com estas características e recentemente alguns tem se tornado pioneiros em escaladas e inclusive nomear alguns cumes gelados nas mais altas cadeias de montanhas do mundo.
 
Um dos montanhistas mais notáveis é o fluminense Marcos Costa. Marcos que atualmente mora na China e vive exclusivamente do montanhismo já foi indicado ao Prêmio Piolet D´Or duas vezes.
 
No ano passado, ele e o escocês Bruce Normand conquistou uma montanha de 6400 metros de altitude virgem no Paquistão. A montanha, que não tinha nome, foi batizada de "Pico do Cavalo" em português (Baintha Artha em Urdu, a língua do Paquistão). Trata-se de uma escalada de nível técnico elevado que misturou gelo e rocha. 
 
A montanha desejada por Costa nesta expedição era o Ogre I, uma montanha de 7285 metros de altitude que é considerada como uma das mais difíceis do mundo. No entanto, avalanches, quedas de barreira e a dificuldade imposto pelo clima quente do verão impossibilitaram a escalada inicial. Diante do objetivo, o Baitha Artha acabou sendo bem mais fácil. No entanto a altitude e a técnica empregada é digna de menção.
 
Ainda no Himalaia, outro brasileiro que se destacou foi o paranaense Dino Camargo, que realizou a primeira ascensão absoluta no Beding Go Peak, montanha de 6125 metros no Nepal, uma impressionante e bela montanha onde misturou todos os ingredientes de uma grande aventura: Ineditismo, altitude, trechos técnicos em rocha e em gelo. 
 
A narrativa desta grande ascensão foi publicada em primeira pessoa no site Extremos, onde é possível saber com maior afinidade o dia a dia da escalada.
 
Por fim, outra pessoa que esteve se destacando em montanhas de grande altitude foi o paulista Pedro Hauck. Pedro escalou 8 montanhas acima de 6 mil metros nos Andes, das quais 6 eram inéditas para brasileiros. Nesta série de escaladas, destaca-se o Sierra Nevada (6137m), que foi a segunda ascensão absoluta e por rota nova.
 
Além destas montanhas, nas 5 expedições que ele realizou aos Andes no ano passado, fez pelo menos 4 primeiras ascensões a montanhas acima de 5 mil metros, incluindo o Vulcão Parofes, que fez na companhia do gaúcho Jovani Blume e do argentino Maximo Kausch. Esta montanha, que recebeu o nome do saudoso montanhista carioca Paulo Roberto Felipe Schmidt, o "Parofes", era a montanha virgem e sem nome mais alta dos Andes.
 
A expedição exploratória realizada pelo trio Kaush, Hauck e Blume ainda teve a participação da cientista inglesa Suzie Imber e o projeto foi patrocinado pela Mountain Everest Foundation, que pela primeira vez teve um projeto celebrado com um montanhista de nosso país.
 
É preciso ainda comentar que o ano passado foi um ano e tanto para Hauck, pois ele escalou 23 montanhas de altitude na cordilheira e ainda foi responsável pela formação de dezenas de brasileiros em um dos poucos cursos formais de alta montanha do Brasil, ministrado pela Agência GenteDeMontanha, que colocou 16 brasileiros no cume do Huayna Potosi, na Bolivia em Julho de 2015.
 
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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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