Apesar da grande beleza cênica de seus 3 cumes principais, o Capivari Grande, Médio e Mirim não estão protegidos por nenhuma unidade de Conservação. Seu cume mais alto é o mais acessível e popular, devido a estrada pavimentada que leva as antenas localizadas cerca de uma hora de seu cume. O Mirim e o Médio são alcançados depois de 3 ou 4 horas de caminhada em vegetação campestre.
O local é bastante conhecido por aflorar muitos matacões, formando boulderes de diversas alturas que ainda não são muito explorados para a escalada. Infelizmente, talvez muitos deles nem cheguem a ser escalados, isso por que há anos há a presença de extração de rocha para calçamento.
Os calceteiros, como são chamados, escolhem os blocos mais próximos às estradas e manualmente desmontam matacões imensos, fabricando no próprio local os paralelepípedos que são comercializados ilegalmente. Eles trabalham duro e ganham pouco, cerca de 800 reais por mês, dependendo da produção.
Nas vertentes da Serra, fervilham pequenas feridas em meio aos campos, prática que vem sendo realizada há muito anos aos olhos de todos que transitam pela rodovia Régis Bittencourt, a BR 116.Com o desmonte dos blocos mais proximos da estrada, os calceteiros estão subindo a montanha, aumentando o estrago, deixando cicatrizes na montanha, tanto nos blocos lavrados, quanto nas estradas rudimentares feitas para levar o paralelepípedo embora, que causam erosão e desmoronamento.
A novidade deste final de semana, é que um calceteiros decidiu extrair rochas do cume da montanha, destruindo de vez toda a beleza e encantamento do local, que deveria ter uma destinação turística.
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