1º Seminário de Mínimo Impacto do Parque Estadual da Pedra Branca

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Inea promove palestras sobre escaladas, ecoturismo e trilhas de acesso à maior floresta em área urbana do mundo


Por Marcos André Araújo

Acontece neste sábado (16/10), das 9h às 17h, o primeiro Seminário de Mínimo Impacto do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), localizado em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O evento será aberto à população e reunirá escaladores, montanhistas, biólogos, botânicos e ambientalistas no auditório da Faculdade Integrada de Jacarepaguá, localizada na Ladeira da Freguesia, 196.
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Palestras ministradas por especialistas como Bernardo Collares, Nadja Castilho da Costa, Elton Leme, Edson Farias Mello, Sergio Poyares e Felipe Dallorto discutirão os impactos, uso e preservação da maior reserva florestal em área urbana no mundo. “O objetivo destes seminários é de organizar e planejar as atividades de caminhadas e escaladas praticadas dentro e nos limites destas unidades de conservação de proteção integral”, explica Felipe Dallorto, escalador há 11 anos que residiu e trabalhou como educador ambiental no Parque Estadual da Pedra Branca.
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Ao lado de Sérgio Poyares, que falará sobre “A dinâmica dos Seminários de Mínimo Impacto”, às 14h15, Dallorto apresentará o documento sobre a “Setorização das vias de escaladas nos limites do PEPB”. “Desde 2001, venho escalando e catalogando todas as vias do parque e da região de Jacarepaguá. E, a pedido do André Ilha e do Sérgio Poyares, comecei a fazer o documento do Seminário de Mínimo Impacto”, conta o escalador.
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André Ilha, que fará a abertura do seminário às 9 horas, é diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), já Sérgio Poyares, é responsável pelo Núcleo Três Picos (Salinas) do Parque Estadual dos Três Picos. Segundo Ilha, o encontro abrirá discussões sobre fauna e flora rupícola e será feito um zoneamento ambiental do parque de comum acordo entre usuários e técnicos, estabelecendo onde a escalada pode ser ou não ser praticada e, onde puder, de que forma possa ser feita.
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“O seminário segue os moldes de outros já realizados, como do Parque Estadual dos Três Picos (Teresópolis, Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu) e do Parque Estadual da Serra da Tiririca (Niterói e Maricá)”, continua Felipe. Após a apresentação de todos os especialistas será produzido um documento com todas as informações a serem incluídas no plano de manejo do parque e apresentado ao público.
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Maior do mundo – O Parque Estadual da Pedra Branca é a maior reserva florestal em área urbana no mundo. Para se ter uma noção, o PEPB é quatro vezes maior que o Parque Nacional da Tijuca, e é onde se encontra também o ponto culminante da cidade, o Pico da Pedra Branca, com 1025m sendo 2m mais alto que o Pico da Tijuca.
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A área é coberta por vegetação típica da Mata Atlântica, como cedros, jacarandás, jequitibás e ipês, além de uma variada fauna, composta por jaguatiricas, preguiças-de-coleira, tamanduás-mirins, pacas, tatus e cotias. O maciço circunda os bairros de Guaratiba a oeste, Bangu e Realengo ao norte, Jacarepaguá a leste, Barra da Tijuca a sudoeste e ao sul, Recreio dos Bandeirantes e Grumari ao sul e Campo Grande a noroeste e compreende o conjunto das seguintes serras: Valqueire, Viegas, Bangu, Barata, Lameirão, Engenho Velho, Rio Pequeno, Taquara, Pedra Branca, Quilombo, Santa Bárbara, Rio da Prata, Nogueira, Alto do Peri, Sacarrão, Geral de Guaratiba, Carapiá, Cabuçu e Grumari.
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Segundo Felipe Dallorto, o PEPB conta com 17 montanhas e aproximadamente 100 vias para escaladas que começaram a ser exploradas na década de 30. “As histórias de escaladas são umas das mais antigas do Brasil, como a conquista da Chaminé Bandeirantes e do irmão maior dos morros Dois Irmãos”, conta o escalador que está otimista com o seminário. “Catalogar e garantir todas as escaladas e acessos existentes no parque é uma forma de manter e exigir um uso com mais consciência ecológica e respeito”.
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A formulação do documento exigiu um trabalho intenso em analisar a situação de cada montanha e determinar as recomendações e/ou restrições que os escaladores precisam saber para repetir as vias existentes e/ou conquistar novas vias. “Tive uma grande ajuda da Flavia dos Anjos, Dalton Chiarelli e Rodrigo Bullkol para documentar tudo. Hoje, a região não está mais abandonada e oferece um grande potencial para escaladas e caminhadas”, afirma Felipe Dallorto.
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O Parque Estadual da Pedra Branca conta com banheiros, anfiteatro, centro de exposições, núcleo de prevenção de incêndios florestais, núcleo de educação ambiental e pesquisa, entre outros. A entrada principal está localizada na Estrada do Pau da Fome, 4003 – Jacarepaguá.
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Serviço:
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Seminário de Mínimo Impacto do Parque Estadual da Pedra Branca
Data: 16 de outubro
Horário: 9h às 17h
Local: Auditório da Faculdade Integrada de Jacarepaguá, localizada na Ladeira da Freguesia, 196 – Jacarepaguá – RJ
Entrada: Aberto ao público
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Programação:
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09h00 – André Ilha
09h30 – Alexandre Pedroso (PEPB)
10h00 – Bernardo Collares (Presidente da Federação de Montanhismo do Rio de janeiro – FEMERJ) “A relação da FEMERJ com as Unidades de Conservação”
10h30 – Intervalo
10h50 – Nadja Castilho da Costa – “O Ecoturismo como instrumento de conservação ambiental do Parque Estadual da Pedra Branca”
11h30 – Elton Leme – “A precaução e a prevenção nas unidades de conservação de proteção integral”
12h15 – Almoço
13h30 – Edson Farias Mello – “Bases para as atividades geoturísticas no Parque Estadual da Pedra Branca”
14h15 – Sergio Poyares – “A dinâmica dos Seminários de Mínimo Impacto” e Felipe Dallorto – “Setorização das vias de escaladas nos limites do PEPB”
15h15 – Debate
17h00 – Encerramento
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Sobre o autor

Texto publicado pela própria redação do Portal.

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