O Everest foi conquistado no dia 29 de maio de 1953 quando os montanhistas Edmund Hillary e Tenzing Norgay chegaram ao cume dessa montanha pela primeira vez na história da humanidade. Atualmente, 70 anos depois desta escalada pioneira, milhares de pessoas já coroaram essa montanha. No entanto, um número trágico também atinge o ponto mais alto do mundo. São mais de 200 mortes na montanha, sendo 13 delas apenas nessa temporada.
Um número que pode aumentar ainda mais, visto que há outros quatro montanhistas estão desaparecidos na montanha nesse momento e diversas equipes ainda não terminaram as suas escaladas. Se o número subir para 17 mortes, essa será se temporada se tornará a mais mortífera da história. Ultrapassando inclusive a temporada de 2014, quando uma avalanche causou diversas mortes na Castata do Khumbu e o número de mortes chegou a 16.
Especialistas no Everest apontam que o alto número de falecimentos nessa temporada não foram ocasionados por uma grande tragédia, mas sim pela superlotação aliada a inexperiência de alguns montanhistas que estão indo além dos seus limites. Eles também citam a falta de estrutura de algumas agências que estão tentando baixar custos.
Um testemunho assustador
O escalador Elia Saikaly abortou a sua tentativa de cume para ajudar o seu parceiro Yousef Alshatti a descer após o mesmo se sentir mal. Durante a descida, Saikaly, conta que passou pelo canadense Pieter Swart que já estava muito mal e morreu pouco depois do encontro. Na sequência passaram por mais um corpo, que ele não identificou, sobre o Balcony e pelo corpo do moldavio Victor Brinza, que estava sendo evacuado por um helicóptero. Além disso, ele relatou que foi um dos últimos a ver o húngaro Szilard Suhajda, um dos montanhistas dado como morto, mas que ainda não teve seu corpo resgatado da montanha.