Nova rota na face oeste do Aconcágua

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Uma dupla de montanhistas tchecos se propuseram a escalar uma nova rota na face sul da montanha, mas as condições foram julgadas demasiadamente perigosas, então decidiram por realizar uma nova rota pela face Oeste do Aconcágua.

Os alpinistas tchecos Leopold Sulovsky e Josef Lukas escalaram um novo percurso na face oeste do Aconcágua na Argentina, em estilo alpino, fizeram cume em 30 de janeiro de 2008. O pico de 6.962 metros é a montanha mais alta das Américas, a montanha mais alta fora da Ásia, e é um dos sete cumes. A dupla tinha previsto a escalada do Aconcágua através da sua face sul, mas em uma última análise, decidiram enfrentar a face oeste, devido a melhores condições de neve. Sulovsky, 53, disse em um relato que a escalada foi difícil e se depararam com condições muito difíceis, incluindo temperaturas de 40 graus abaixo de zero, a mesma que ele encontrou durante sua bem sucedida ascensão do K2 pelo Pilar Cesen em 2007. Sulovsky foi o primeiro tcheco a escalar o Monte Everest, fazendo cume em 1991, pela rota Norton Couloir da face norte. Lukas é conhecido por muitas expedições de longa duração, assim como uma descida de esqui em 2007 do K2, dos 6200m até o acampamento base.

A nova rota sobe a face oeste à esquerda da rota já existente, e atravessa a parte elevada da via atual e depois segue para a direita do Gran Acarreo. O início do caminho se constitui principalmente subir em neve, mas como a rota é rochosa, múltiplos degraus de rocha foram encontrados. O dois passaram três dias na ascensão, bivacaram a 5300m na primeira noite e a 6300m na outra. Apesar de questionável visibilidade e nevoeiro, um terceiro dia de escalada os levou para o cume, no início da noite. Eles então desceram até os 4800m, aonde bivacaram, e voltou ao campo base no dia seguinte.

Embora eles estivessem com o mínimo necessário nas mochilas, ainda assim se mantiveram bastante pesadas (25-27 kg) devido às roupas extra necessárias para lutar contra a brutalidade do frio e dos fortes ventos. Apesar dos múltiplos pares de luvas e de “botas perfeitas”, ambos relataram alguns pequenos congelamentos em todas as extremidades. Embora as dificuldades técnicas da subida não fossem terrivelmente difíceis pelos modernos padrões (UIAA 4.5), fez-se significativamente mais interessante por existir rocha muito instável, incluindo deslocamentos de enormes blocos e praticamente constante bombardeamento por detritos.

A nova rota, ainda sem nome até o momento, é apenas a terceira no pico que desde 1988, com a rota Sun Line (ED1: 5,10 + 90 graus, 2400m, Romih-Sveticic) e de 2003, Mobitel Swallow-Johan (VI 5,10 A2 100 graus M6, 2500m, Humar-Kozelj).

Redação AltaMontanha com informações de Vlado Linek, Alpine American Journal, Alpinist

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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