A escaladora Edurne Pasaban concedeu diversas entrevistas ontem, após regressar do cume do Dhaulagiri, sua décima montanha com mais de oito mil metros de altitude.
Antes do Dhaula, a escaladora já havia escalado também o Everest (8.848m.) em 2001, Makalu (8.035m.) e Cho Oyu (8.201m.), em 2002, Lhotse (8.516m.) e Gasherbrum I (8.163m.) e II (8.035m.), em 2003, K-2 (8.611m.) em 2004, Nanga Parbat (8.125m.) em 2005 y Broad Peak (8.047m.) em 2007.
A alpinista explicou seus planos para completar as 14 montanhas com mais de oito mil metros do mundo. Seu objetivo é chegar aos quatro cumes restantes – Manaslu (8.156), Kangchenjunga (8.586), Shisha Pangma (8.013) y Annapurna (8.091) até 2010.
“Estou com o objetivo traçado. Gostaria de terminar todos nos próximos três anos. Sei que vai ser difícil, porém vou me dedicar a este projeto todo o meu tempo.” Exclamou a escaladora. Segundo seu projeto, em setembro partirá ao Manaslu e após, na próxima primavera no Himalaia, ao Kangchenjunga.
Sobre o projeto para completar as 14 montanhas até 2010, Pasaban enfatizou que “isso não está somente em nossas mãos. Muitos fatores influem, como a climatologia.” (Se o tempo não colaborar, torna-se quase impossível alcançar com segurança um cume de uma montanha com mais de oito mil metros.)
Além disso, Pasaban também lembrou que na caminhada as 14 montanhas do mundo, ainda tem um osso duro de roer, que é o Annapurna, a montanha com maior índice de acidentes do mundo.
Com relação às outras montanhistas que também tentam completar os 14 oito mil (a austríaca Gerlinde Kaltenbrunner, com 11 cumes, e a italiana Neves Meroni, com 10 cumes, Pasaban afirmou que não tem pressa. Apesar de não ser a única que está buscando isto, ela lembra os riscos que estão em jogo.
“Tenho visto muitas coisas no Himalaia que, devido à obsessão de alguns, acabam trazendo tragédias para o montanhismo. Então, tenho que andar com os pés no chão.”