Segundo o jornal “China Daily”, o diretor do Birô de Proteção Ambiental do Tibete “Zhang Yongze” disse que “o lixo abandonado por alpinistas e turistas na montanha mais alta do mundo coloca em perigo seu frágil ecossistema”, que complementou afirmando que a campanha de limpeza do Everest começa no primeiro semestre de 2009.
“Não queremos que os visitantes causem mais danos a montanha´, afirmou ainda o funcionário chinês.
O Everest, na fronteira entre o Nepal e o Tibete, país ocupado pela China desde 1950, foi fechado pelas autoridades chinesas em sua vertente tibetana há um mês, por medo que aumentassem os protestos dos ativistas “pró Tibete” durante a ascensão da tocha olímpica ao local.
Porém, segundo Zhang, “cada equipe que estava presente durante a subida da tocha olímpica, tanto de alpinistas como de jornalistas, recebeu a ordem de retirar seu lixo da montanha.”
Segundo a agência oficial de notícias da China, a “Xinhua”, a equipe de funcionários, alpinistas e jornalistas que se alojaram no acampamento base durante a subida da tocha limparam a região antes de sua partida.
Outra “preocupação” dos chineses é com o aquecimento global, uma vez que os glaciais da montanha também estão sofrendo retrocesso.
Segundo a agência oficial do governo, os cientistas chineses concluíram no ano passado que o Tibet está esquentando mais rápido que qualquer outro lugar do mundo, e afirmaram que a temperatura média anual estava subindo a uma velocidade de 0,3 graus centígrados a cada 10 anos.
Até hoje, mais de três mil alpinistas alcançaram o cume do Everest, resultando mais de 200 mortes de alpinistas e sherpas que tentavam chegar ao topo.
Ao final do último mês de maio, o Everest registrou um recorde de mais de 75 pessoas no cume em apenas um dia, algo impensável quando o aventureiro neozelandês Edmund Hillary, que faleceu recentemente, conseguiu chegar ao topo da montanha pela primeira vez, em 1953.