Para Dawa Steven, até a poucos meses, as alterações climáticas eram consideradas apenas como “um conceito abstrato”. Contudo, após escalar pela segunda vez o Everest (8.848 metros) em maio deste ano e de liderar uma “expedição ecológica”, na qual foi recolhida quase uma tonelada de lixo abandonado na montanha, o empresário nepalês de 25 anos notou que situação não é mais sustentável.
A cada ano, centenas de alpinistas escalam a maior montanha do mundo e deixam por lá suas necessidades, porém graças a falta de sanitários no acampamento base da montanha, estas acabam expostas ao ar livre, ou quando muito, escondidas atrás de um a rocha.
Porém o sherpa de Katmandú (Nepal) encontrou uma solução: Um banheiro de plástico! “Muito portátil e seguro”, garante ele. O vaso sanitário possui 28 cm de altura e uma abertura de uns 20 cm de diâmetros, com um peso aproximado de 11 kg, e que permite que os visitantes possam fazer suas necessidades a mais de 8 mil metros de altura, sem atrapalhar a natureza do local.
Para se ter idéia, no “teste” realizado na sua última expedição que possuía 18 membros, foi recolhido aproximadamente 65 kg de excrementos!
“Creio que hoje não exista nenhum outro tipo de “WC” portátil deste tamanho e com esta resistência”, disse o diretor executivo da empresa Asian Trekking, do grupo Astrek, que promove as práticas de mínimo impacto nas expedições alpinas.
Ainda que as montanhas pareçam “imponentes e sólidas”, são também “frágeis”, ressaltou Dawa Steven, que quer “proporcionar tudo o que possa reduzir os excrementos humanos nas montanhas mais altas do mundo”.
Para ele, “cada vez existe uma maior necessidade de práticas sustentáveis e de mínimo impacto no mundo do montanhismo. Melhor ainda seria que conseguíssemos além de não deixar impacto algum, ainda ajudar as montanhas, não?”
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