Texto de Rodrigo Granzotto Peron
No cronograma, que tem atividades que cobrem todo o calendário do ano que vem, além de trekkings ao campo-base do Everest, à região remota de Dolpo no Nepal e pela Mongólia, estão agendadas a escalada do Island Peak (abril), do Denali (junho), do Kilimanjaro (julho), do Muztagh Ata (agosto) e do Cho Oyu (setembro/outubro).
O Denali e o Kilimanjaro serão um esforço de diversos dos integrantes da equipe no sentido de concluir os Sete Cumes, honraria que até o momento, no Brasil, apenas Waldemar Niclevicz possui no currículo. E a cereja do bolo, o Cho Oyu, no segundo semestre, será o ponto alto da expedição.
E por falar nisso, quem faz parte dessa equipe?
O grupo será composto por, Andrea Cardona, Luiz Fernando da Silva Jr, Manoel Morgado e os ainda não confirmados Roman Romancini e Ana Elisa Boscarioli.
São vários nomes de destaque no Brasil, com currículo extenso e muita experiência, enriquecidos pela presença da guatemalteca Andrea Cardona, esposa de Morgado, que busca se tornar a primeira mulher da América Central a culminar um pico 8000.
Quanto aos brasileiros, Ana Elisa desafiará o Cho Oyu pela segunda vez, agora para tentar sem o uso de oxigênio engarrafado (até os dias de hoje a chilena Cristina Prieto é a única mulher sulamericana a conseguir cume no Cho Oyu somente com os pulmões). Manoel Morgado e Andrea Cardona podem se tornar o segundo casal latino-americano a fazer cume no Cho Oyu juntos. Excetuando Ana Elisa, o Cho Oyu será a porta de entrada de todos os expedicionários para os picos 8000.
A largada será dada em março do ano que vem, com um trekking ao campo-base do Everest, e a subida do Gokyo Ri e do Island Peak, prosseguindo com trekking pela região do Dolpo, no Nepal. O primeiro semestre termina com a escalada do Denali (Ana Elisa e Roman tiveram que voltar em 2006 a poucos metros do cume e agora é a chance de acertar as contas com o McKinley).
No segundo semestre rumam para a África, para escalar outro dos 7 Cumes, o Kilimanjaro. Prosseguem em agosto para a China para experimentar o Muztagh Ata (7.546m), o segundo pico mais elevado da Cadeia do Kunlun, como forma de aclimatação para o Cho Oyu (8.188m), que será tentado na seqüência.
A expedição ainda está nos estágios finais de organização dos detalhes, e não está fechada, aceitando adesões, com critérios, de escaladores experientes. Também está aberta a patrocínio por empresas que queiram associar sua imagem com uma expedição de alto nível e com metas interessantes (as tratativas podem ser feitas com Manoel Morgado, no e-mail: [email protected]).
Texto de Rodrigo Granzotto Peron