Os membros da expedição, diabéticos insulino-dependentes, regressaram depois ao acampamento base, em Praça Argentina, a 4.200 metros, para dormir. O procedimento será repetido nos próximos três acampamentos (a 5.000, 5.500 e 5.900 metros).
Ate agora os diabéticos têm controlado a concentração de açúcar no sangue sem dificuldades, de acordo com o esforço físico ao longo da subida ao Aconcagua, apesar de alguns dos equipamentos terem congelado e outros avariado.
O grupo de diabéticos levou três dias para subir desde Punta de Vacas até Lenas, a 2.800 metros de altitude, onde apresentou as autorizações para entrar no Parque Aconcagua.
No segundo dia, os alpinistas caminharam ate Casa de Piedra, já a 3.200 metros de altura, onde acamparam junto ao rio Quebrada de Vacas, o qual atravessaram descalços com temperaturas negativas.
A expedição esteve em risco devido a companhia aérea que transportou os alpinistas para a argentina não ter entregue duas das malas, uma das quais continha a farmácia, explicou Frederico Teixeira, um dos participantes na escalada do Aconcagua.
Com o apoio de uma empresa local especializada em turismo de montanha e das autoridades locais argentinas, Sílvia Saraiva, a médica que acompanha a expedição, adquiriu novos medicamentos de suporte e socorro para os participantes.
Carlos Neves foi um dos participantes que ficou sem o material técnico para escalar o Aconcagua, tendo de “alugar e despender bastante dinheiro”, que não estava previsto.
O grupo de três diabéticos pretende alcançar o cume, a 6.972 metros de altitude, para demonstrar que a diabétes não é uma doença que atrapalha a realização dos sonhos das pessoas. Se o objetivo for concluído, eles tornar-se-ão os primeiros diabéticos dependentes de insulina a chegar ao cume o Aconcagua pela Rota da Falsa Polacos.