Ambientalismo – 2

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Continuando o raciocínio expresso na coluna anterior, temos um fato; o homem não tem o poder de sozinho destruir o mundo e nem a vida no planeta. Mas pode alterar muitos aspectos do sistema assim como um animal tão primitivo como os extrematólitos já fizeram antes e também pode se autodestruir levando junto muitas outras espécies inocentes.

Trataremos então de uma obra menos gloriosa e mais egoísta, tentar salvar o próprio pescoço. Colaborar para salvar o planeta é bem mais atraente, mas também mentiroso.

O mundo está aquecendo ou esfriando? Por culpa do homem ou não? Se parar o bicho pega, se correr… O que realmente importa é que o mundo está em movimento e novamente vai mudar muita coisa sobre a face da Terra.

Sendo extremamente simplista, vou imaginar que a atmosfera se aqueça. As calotas polares e as geleiras derretem, os oceanos aumentam o nível. Com a grande maioria da população mundial vivendo em áreas costeiras haverá uma grande migração para o interior e uma monumental crise econômica, uma vez que as terras submersas perderão todo o valor além da produção. O resultado será desastroso com certeza, aumento da pobreza, fome, invasão dos parques e reservas naturais e dependendo da velocidade dos acontecimentos a guerra será inevitável.

Do outro lado a Terra poderia se resfriar em outra “era do gelo” onde as geleiras avançariam cobrindo a Europa, parte da Ásia e América do Norte deslocando toda esta população para o equador além de eliminar grande parte das terras férteis. O resultado seria praticamente o mesmo já aventado para a teoria do aquecimento.

O mundo esfria e esquenta em ciclos ainda não compreendidos pela mente humana desde o nascimento do sistema solar, então não é este o problema real. O grande nó é que tem gente demais no mundo e este movimento vai fazer o precário equilíbrio desmoronar de vez numa catástrofe de proporções bíblicas.

Historicamente temos apenas três alternativas para lidar com a superpopulação. A opção clássica preferida por 9 entre 10 povos sempre foi o planejamento central – autoritarismo  ou ditaduras – onde o governo todo poderoso estabelece metas e pesadas represálias a quem não as cumprir. A nova opção inventada bem recentemente é a educação – preferida das nações democráticas ocidentais lideradas pelos Estados Unidos – muito mais cara que a primeira produz efeitos em longo prazo. É notória a relação existente entre baixa escolaridade e altas taxas de natalidade. Mas nada se compara em rapidez e eficiência a terceira e última alternativa: a GUERRA.

A guerra é uma dádiva da humanidade. Diminui a população de imediato, aumenta o espaço disponível, reativa a economia, produz inovações tecnológicas e acima de tudo desinfeta o planeta. Também tem a vantagem de matar mais nas camadas iletradas da população, preservando as mentes mais ilustradas para a etapa seguinte. A guerra é a solução final para o problema da superpopulação planetária e isto novamente nos deixa apenas duas alternativas viáveis.

Teremos obrigatoriamente que nos preparar para pegar em armas, lutar e sobreviver ao conflito final ou apostamos numa mudança de comportamento para a raça humana. Mudanças tão significativas que adiem indefinidamente o dia do juízo final. Eu apostaria nas duas alternativas ao mesmo tempo.

 

 

Obs.

Em tempo antes que o mal entendido cresça; acima me referi à guerra de forma ironica. Mas também convém lembrar que esta gerra seria o armagedom. Dele já falaram que não se sabe como realmente será, mas a próxima (se houver) já se tem total certeza: voltaremos a nos matar a pauladas e pedradas.

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Sobre o autor

Julio Cesar Fiori é Arquiteto e Urbanista formado pela PUC-PR em 1982 e pratica montanhismo desde 1980. Autor do livro "Caminhos Coloniais da Serra do Mar", é grande conhecedor das histórias e das montanhas do Paraná.

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