Saindo de Curitiba as 5:50 chegamos no estacionamento do cabelo as 6:30, vale a pena ressaltar que esse é o primeiro estacionamento e fica ao lado de um bar, custa R$ 5,00, eu lembro que tem mais dois logo a frente, para quem não tem o interesse de poupar o máximo de energia fica a dica.
Todos com suas mochilas com muita água começamos a primeira etapa, uma hora de caminhada ate a estação Marumby, antes paramos na estação mais abaixo para fazer alongamentos e comer algumas frutas, ate mesmo porque encontramos algumas goiabas. Todos já muito suados e confiantes no bom desempenho, nessa primeira caminhada tivemos a companhia do Brasinha, cachorro de algum morador da região que anda com uma fita vermelha no pescoço.
Na estação tivemos dois problemas, a lanterna e o Brasinha, fomos informados que era necessário uma lanterna para cada duas pessoas, após resolver o problema com o responsável da administração do parque o mesmo quis nos autuar (não sei como) por causa do Brasinha, disse que era um problema e não era dele, teríamos que resolver isso, explicamos que o cachorro não era nosso e que tentamos espantar ele, mas mesmo assim ele veio pela mata. Logo ele percebeu que não tinha muita lógica à autuação e continuamos nossa aventura.
Optamos pela trilha frontal (branca), não demorou muito e já chegamos na cachoeira, porém não nos apercebemos que teríamos que cruzar pelas pedras e como a trilha continuava pela margem perdemos uns 20 minutos no caminho errado, só percebemos quando encontramos uma fita laranja e sabíamos que era um caminho proibido, o que nos abriu os olhos foi uma foto que tiramos na saída da estação, vimos no mapa que primeiramente iríamos passar o rio e mais a frente a trilha cruzava de novo o rio, voltamos ate o ponto de passagem e combinamos um banho na piscina natural que ali se encontra.
No primeiro encontro com o rio o nosso companheiro Brasinha nos deixou, ele não tinha por onde passar e ficou chorando. Continuando a trilha, que nessa altura começava a fica pesada, os joelhos já mostrando seu desgaste, de 1 a 10 o grau de dificuldade é 6, com raízes, cordas e correntes para segurar, assim foi uma hora de trilha.
Não demorou muito pois na trilha não vemos a hora passar, estávamos na primeira das três levas de grampos, chamado de H2O claramente explicado pela água que vem a calhar. Acredito que 50% já estava concluído, nesse ponto um componente da equipe começou a sentir dores na coxa, por esse motivo decidiu diminuir o ritmo.
Após os grampos (escadas) começa a bater a sensação que estamos próximos do pico, já não vemos a hora de concluir, a vegetação nos indica que estávamos sobre a montanha escondendo apenas o segredo da sua imponência.
Em fim, 12:30 estávamos sobre a pedra mais alta do conjunto Marumby, nós pegamos viajando pela extensão de mata verde aconchegando as nuvens do céu azul infinito, acordamos com o barulho da barriga do Felipe gritando por fome. Arrumamos um bolo de sanduíche e aguardamos o ultimo integrante que teve problemas na coxa, sua chegada era muito importante, estava completando 45 anos e não poderia faltar os parabéns.
Na volta tomamos banho na cachoeira e depois da estação Marumby começou a chover, ficamos preocupados com as pessoas que encontramos subindo, pois era certo que a chuva pegaria a volta deles.
Para nossa equipe a chuva veio para fechar a maravilhosa aventura, que proporcionou uma energia extra descarregada pela chuva possibilitando uma corrida. Assim, encerramos a expedição as 17:00 horas no bar do cabelo, com gosto de missão comprida além da linhas inimigas.
Para ver mais fotos: www.rodrigodejesussouza.blogspot.com