Para início de conversa, é essencial sabermos que não é somente a altura da queda, em si, que identifica o Fator de Queda. Pois como o próprio nome da corda dinâmica afirma, o efeito que ela deve trazer ao escalador é exatamente amortecer uma queda. Assim, podemos concluir que quanto mais corda o escalador tiver, maior será o dinamismo total da corda, e conseqüentemente, maior a absorção do impacto gerado.
A formula então passa a ser clara: o Fator de Queda é exatamente a relação entre a altura da queda e a longitude total de corda disponível.
Para facilitar, imagine um escalador guiando uma cordada. Ele já escalou 10 metros de via, e está há exatos 2 metros da última proteção, como no gráfico da figura 1.
Se ele cair, esta queda será de 4 metros. Assim temos:
Fator de Queda = 4 m (de queda) dividos por 10 m (comprimento total da corda)
Isso será igual a 0,4. Ou seja, fator de queda 0,4.
Porém, imagine a segunda hipótese na figura 2.
Neste caso, o seg está junto da última proteção. O comprimento da corda é, por tanto, 2 metros, e o valor da queda, 4 metros. Calculamos:
Fator de Queda = 4 m (de queda) divido por 2 m (comprimento total da corda)
Isso será igual a 2. Ou seja, fator de queda 2.
Aliás, este é o pior fator de queda em uma escalada, uma vez que este número não tem como ser maior. Fácil presumir então que uma queda com fator superior a 1, além de ser forte, com baixa absorção do impacto, já deve ser considerada no uso da corda.
Boas escaladas (e quedas!)…