Gerfried Göschl, líder da expedição da qual fazia parte o austríaco Wolfgang Köblinger, deu mais detalhes sobre o ocorrido com este por telefone satelital. Segundo ele, Wolfgang escalou a montanha pela rota Kinshoffer. Enquanto os demais membros da expedição austríaca desistiram e retornaram ao acampamento, devido ao adiantado da hora, Köblinger seguiu alpinistas da expedição coreana, atingindo o cume junto com eles por volta das 18:10.
Ele desceu logo após os coreanos, porém, após uma forte rajada de vento, estes olharam para trás, mas não enxergaram mais o austríaco, cujas pegadas terminavam no topo de uma parede íngreme, a cerca de 8.060 m. O francês Louis Rousseau, que escalou esta montanha ao lado de Göschl por uma nova rota, chegou a tirar fotos dos rastros de Köblinger e localizou alguns de seus pertences, os quais levou para o campo base. Até o momento não foi localizado o corpo do austríaco.
A alpinista coreana Go Mi-Sun também atingiu o topo muito tarde, segundo o blog da expedição do italiano Giuseppe Pompili. Ele também afirma que confundiu Miss Go com outra alpinista coreana, Oh Eun-Sun, que escalou com auxílio de oxigênio suplementar. Isto ocasionou certa confusão nas primeiras informações sobre o acidente, quando foi inclusive noticiada a morte de Miss Oh. Mas em pouco tempo foi confirmada a identidade da alpinista desaparecida.
Miss Go alcançou o acampamento 4, onde passou a noite. No dia seguinte, ela sofreu uma queda numa seção sem cordas fixas, entre os acampamentos 2 e 3. Segundo Pompili, há cerca de 20 trechos com cordas duplas, entre os três primeiros acampamentos. Entretanto, há também alguns trechos sem cordas fixas, que são perigosos.
Tristeza é o sentimento predominante entre os montanhistas no campo base. O italiano relata ainda que o corpo de Miss Go foi avistado pouco abaixo da canaleta Messner, onde as cordas fixas teriam sido retiradas. Porém mais tarde não era mais visível. Dois helicópteros estão prontos para retomar as buscas e o resgate de seu corpo.
Após seu trágico desaparecimento, surgiram comentários sobre sua exaustão, após a escalada de outros três 8.000 metros num curto espaço de tempo. Mas é muito difícil definir se há relação entre estas escaladas e seu acidente.
Nossas condolências aos amigos e familiares destes nossos colegas de esporte tragicamente desaparecidos no Karakorum.
Fonte: site K2 Climb e blogs das expedições