Por Rodrigo Granzotto Peron
Recentemente recebi um e-mail surpreendente.
A manauara Cleo Weidlich, “nascida e criada às margens do Rio Amazonas”, hoje morando no Estados Unidos, em um ano de muita movimentação na Ásia, tornou-se a primeira brasileira a fazer cume no Broad Peak (8.047m), a primeira brasileira a culminar sem oxigênio engarrafado o Cho Oyu (8.188m), e ainda por cima subiu o Shishapangma Central (8.012m).
Narra a escaladora brasileira: “Cheguei até o cume do Cho Oyu no dia 24/9 às 6:30am e no dia seguinte fui até o Xixa, mas só consegui chegar até o ante summit (meu outfit foi a Asian Trekking, do Nepal). A cresta que leva ao cume principal estava coberta c/gelo azul, fazendo da travessia um ato suicida”.
Cleo tem planos ambiciosos para 2010, quando vai tentar um double-header no Khumbu, com escaladas no Everest e no Lhotse, e depois irá ao Himalaya paquistanês para enfrentar o Nanga Parbat no verão.
O Brasil tem outras mulheres himalaístas, como Helena Coelho e Ana Elisa Boscarioli. Cleo até então era um nome desconhecida no montanhismo nacional.