A Volta na Serra de Paranapiacaba

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Caminhada tradicional de Paranapiacaba, a &ldquo,Volta na Serra&ldquo, é tão antiga e pitoresca vila inglesa q a cerca. Circuito este inserido no interior do Parque Municipal q se vale de uma centenária picada utilizada por carvoeiros no inicio do século passado, bordeja boa parte das encostas do majestoso Vale do Quilombo sem necessariamente encostar às margens do rio q lhe empresta o nome. Dessa forma encaramos esta pernadinha com pernoite selvagem na Cachoeira Escondida passando por exuberante vegetação, mirantes e quedas d&ldquo,água. Muitas quedas d&ldquo,água. Enfim, mais uma empreitada pelos arredores do ilustre vilarejo mostrando q seus atrativos &ldquo,montanheiros&ldquo, vão bem além dos contrafortes do Rio Mogi.


Feriado prolongado foi sempre sinônimo de pernada de mais de um dia. Isto se nada conspirasse contra, claro. Desde o irrelevante fator climático até o relevante fator de estar 100% fisicamente. No caso, ambos iam contra minha singela proposta de caminhada pro sábado e domingo, já q a previsão medonha anunciada não era nada se comparada às&nbsp, esporádicas pontadas q sentia na lateral do meu joelho direito, leves alfinetadas agudas q tratava à base de compressas de gelo, comprimidos de Voltaren e gotas de Dipirona desde q o mesmo sentira a irresistível atração de tascar um beijo ardente numa pedra afiada no fds anterior. Mesmo estando “bixado” fisicamente, a perspectiva de permanecer em casa mofando ver os dias passando estava fora de cogitação. A aparente solução pra este pequeno “detalhe” era a chamada lei da compensação.

Não sei onde ouvi dizer (provavelmente no boteco, após varias rodadas!) q se vc manca pela esquerda, deve pentear o cabelo pra esquerda (!), se vc tem boca torta é preciso ter mau hálito pra disfarçar (!!), ou ate se possui algum defeito como um dedo a menos, não se sinta diminuído.. seja mais gordo!!! A questão é q no meu caso não queria simplesmente transformar meu joelho zoado num traço exclusivo de minha personalidade, mas apenas poupá-lo o máximo possível de qq esforço q por ventura surgisse. Como? Bem, td aquele blábláblá acima sugere q deveria depositar td o peso na perna esquerda. Q assim seja então. É a tal da lei da compensação. E assim, irracional quinem a pedra q me impusera essa condição provisória e teimoso feito uma mula, assumi consciente e voluntariamente os riscos de pernar naquelas condições nada favoráveis por aquele circuito q “molhado” segundo a previsão poderia se esperar qq coisa.

Em melhores condições físicas, porem igualmente indiferentes não á própria capacidade mas sim ao cumprimento do dever cívico no dia sgte saltaram tb em Paranapiacaba a Laureci, o Clayton e Gibson, únicas pessoas q toparam o perrengue q se anunciava “anfíbio” de antemão! Pra variar, as 9:30 saltamos do latão mergulhando no tradicional “fog” londrino q costuma abraçar a vila inglesa e lhe confere charme peculiar, acompanhado do friozinho úmido típico da região. Cruzamos a passarela metálica em direção à parte baixa do vilarejo sob o olhar altivo do sentinela local, a replica do Big Ben agora envolta em brumas. E assim, como q protagonistas ativos de um clipe do Ozzy ou do Evanescente, atravessamos a enevoada Paranapiacaba ate cairmos na Estrada do Taquarussu, onde o céu até deu uma limpada e nos animou mesmo q provisoriamente.

Conversando animadamente durante td este trecho de estrada o tempo passou voando, e nem nos demos conta de ter passado o portal do parque, a guarita e as trilhas de acesso à Cachu da Água Fria, onde dezenas de orientais (chineses e coreanos, em sua maioria) costumam zanzar nos fds atrás de mudas e flores. Ornada em ambas margens de belos exemplares de ipês, quaresmeiras e lírios a estrada tem ate seu charme bucólico q consegue desviar nossa atenção tornando a pernada pela estrada menos entediante.

O fato é q as 10:20 mergulhamos enfim na mata, mais precisamente na trilha principal q dá acesso tanto pra Comunidade (a “Machu Pichu” local) como pra tds os rincões do Vale do Quilombo e do Anhangabaú. E lá fomos nós, palmilhando a encosta da serra envoltos por densa vegetação por uma picada já percorrida inúmeras vezes, razão pela qual não tecerei maiores detalhes por causa dos mesmos terem sido mencionados à exaustão noutras ocasiões.

O q vale ressaltar é q em td trajeto água é o q não falta, pois o precioso liquido tá sempre presente sob a forma de córregos cristalinos despencando serra abaixo, q molham nossa goela e refrescam nossas cabeças em mais de uma ocasião. Eventuais janelas na mata descortinam breves vislumbres do Vale do Quilombo em td sua grandeza, mesmo q parcialmente nublado. Por sua vez, na encosta serrana chama a atenção vestígios de antigas fornalhas onde era obtido o carvão q abastecia a ferrovia e a vila, à custa de mta vegetação nativa queimada.

Contudo, as 11:30,&nbsp, após a famosa e significativa “bifurcação das bananeiras” onde tomamos o ramo da direita, o tempo nublou-se de tal modo q as brumas invadiram a trilha umedecendo rapidamente a mata ao redor. Não bastasse isso o som de trovões veio acompanhado de um negrume q escureceu o vale num piscar de olhos. Pois é, a previsão acertara em cheio. E uma fria e forte chuva não tardou a despencar sob nossas cacholas. Apesar de protegidos pela densa e espessa copa do arvoredo ao redor, o gotejamento incessante do mesmo não tardou a nos ensopar por inteiros, razão pela qual prosseguimos a pernada de modo a não parar a pto do corpo esfriar.

E assim demos continuidade á caminhada enxugando a mata ao redor costeando em nível a serra, chapinhando brejos, saltando precárias pinguelas de consistência duvidosa, cruzando cuidadosamente pequenos córregos pelas pedras, contornando deslizamentos e desviando da mata tombada na trilha, principalmente enormes gigantes da floresta q fazem questão de trazer td vegetação pra baixo junto, ocultando e tornando mtas vezes confusa a continuidade da picada. Felizmente o desconforto em meu joelho ate o momento fora mínimo e quase imperceptível, até pq fazia de conta q a perna direita não existia pois buscava fazer tudo com a esquerda. Apenas qdo havia necessidade de dobrar a perna um pouco mais é q sentia uma leve pontadinha.. mas td dentro do suportável.

Após o meio-dia alcançamos a parte de cima da Cachu do Tobogã, onde fazemos um breve pit-stop p/ beliscar alguma coisa, ainda mais beneficiados pela gentil trégua vinda de São Pedro. Deixamos as cargueiras no alto, na trilha, e após desescalaminhar a íngreme encosta acompanhando o riacho chega-se à base da pequena queda. Pequena neste trecho pois ela continua pedra abaixo através de uma rocha vertical besuntada de perigoso e escorregadio limo. Por sua vez a queda não passa de uma sucessão de 2 ou 3 gdes lajes inclinadas sobrepostas noutra maior, esta sim totalmente de uns 30m verticais, de onde despencava a água. Pausa pra fotos, claro!

Após o breve lanche e descanso retomamos a pernada, sempre avançando numa encosta íngreme forrada de mata no mesmo compasso anterior. Os destaques deste trecho foram as enormes raízes tubulares do arvoredo ao redor, uma armadilha (ou “espera”) de caçador, uma majestosa cachu vista na encosta serrana oposta através da vegetação, como tb os inconvenientes jacus no caminho q surpreendiam (e assustavam) quem estivesse na frente. Não tardou pra passarmos pelo alto da Cachu do Cannyoing, esta sim despencando quase 40m de paredão vertical serra abaixo. A vontade de descer ao poção lá embaixo pra fotos era gde, mas não dispúnhamos do tempo necessário pra longa desescalaminhada q tal visitação demandava, e assim nos limitamos a aprecia-la de cima, vista parcialmente através do arvoredo.

Mais adiante, e após uma discreta bifurcação p/ direita e outra p/ esquerda próximo do q parecia ser as ruínas de uma muretinha, desembocamos numa crista delgada q descemos em ziguezagues, la pelas 13:40. Caímos então noutra encosta bastante íngreme forrada de densa mata ao redor, onde a picada sugere descer por entre as pedras, acompanhando um riachinho serra abaixo. Este trecho sim q é bem confuso, pois a trilha tem sido pouco usada dando oportunidade p/ mato tomar conta dela, principalmente aqui, onde havia mtos deslizamentos q ainda por cima a sepultavam de vez. O jeito foi obedecer o bom senso e ter algum farejo de trilha. Mas não demorou e desembocamos noutro local de referencia, o tal “Pé-de-limão”, q nada mais uma clareira com vestígios de acampamento q outrora foi um rancho, pelas infos coletadas. Alem de estar marcado tb por pés-de-limão q caracterizam o lugar, ali tb há vestígios dos antigos fornos q havia aos montes na regiao. Pausa pra breve descanso novamente, logicamente. Pra nossa infelicidade ninguém lembrou de trazer uma pinga básica à tiracolo, pois os limões estavam no ponto de azedume pra qq destilado disponível!

A partir daqui o q sobrou da trilha acompanha em ziguezagues o rio abaixo, através de lajotas escorregadias, mas por pouco tempo. É preciso bom senso pra saber a hora de adentrar na margem direita ate encontrar rastros da picada retomando a pernada, novamente encosta acima. Por sorte não tivemos dificuldade em encontrar a dita cuja, q subia a forte encosta através de alguma escalaminhada em meio ao mato. Aqui, alem de depositar td peso na perna esquerda tb tive q ganhar altitude aos poucos fazendo uso principalmente dos braços, me segurando firme na vegetação ao redor de modo a não forçar nadicas a perna direita, usada apenas como apoio.

Novamente no rumo certo e numa picada firme e bem obvia, prosseguimos a pernada em nível através da encosta serrana, com pouca variação de altitude e sem dificuldade nenhum durante um bom tempo. No caminho, exuberante vegetação com enormes exemplares de cedros, vistosas bromélias e belas orquídeas escondem mais fornos já engolidos pela vegetação de encosta. Pois bem, aqui nossa intenção inicial incluía tb descer ate o Rio Quilombo. Contudo, as bifurcações pra esquerda mostravam-se imprecisas nesse sentido. Ate tentamos uma q logo sumiu, nos obrigando a desescalaminar o q pareceu ser uma vala de agua q desembocou num riacho maior, q por sua vez despencava numa piramba rochosa vertical. Pelo horário avançado (quase 16hrs), chuva tornando a cair e enorme distancia a percorrer sem trilha ate o rio, decidi “democraticamente” nos mantermos na trilha principal, na encosta. Afinal, o risco da noite nos surpreender em meio à uma longa e perigosa desescalaminhada era gde.

Retornamos então à picada principal após breve descanso, q manteve-se em nível até dar inicio à subida definitiva da serra, aos ziguezagues, encosta acima.&nbsp, Dessa forma, após curta e ingreme descida em meio a espesso bambuzal cruzávamos o sopé da Cachu Mãe Natureza, as 16:50, cujas águas despencando em 2 níveis por paredões íngremes, refrescaram nossas cabeças suadas e semblantes cansados. Segue-se uma íngreme escalaminhada por rochas lisas ate retomar a trilha na encosta, desta vez tomada de muita mata tombada na mata (arvores e cipós!), nos obrigando a farejar sua continuidade em mais de uma ocasião. A chuva havia dado nova trégua, possibilitando alguns vislumbres de Santos através das poucas frestas na mata. E o cansaço pegando..

As 17:20 caímos numa trilha bem mais batida e larga, provavelmente a da Cachu Escondida (tb conhecida como Cachu do Éter, não me pergunte o motivo), e como nossa intenção era pernoitar lá ao invés de prosseguir pela direita (sempre pela encosta) acompanhamos o ramo da esquerda, q perdeu um pouco de altitude mas nos levou à supracitada queda d´água, quase 10min depois. Realmente o paredão de quase 20m de agua despencando fica bem “escondido”, pois deve-se descer uma pequena vala pra ter acesso ao pequeno poço na base da bela cachu. Próximo dali havia duas pequenas clareiras gramadas e bem protegidas do vento, perfeitas pra acomodar nossas duas barracas.

Montamos as tendas antes de escurecer, tomamos banho e nos rendemos ao sagrado ritual de preparação da janta. O cardápio da vez incluía desde miojo com legumes ate uma suculenta feijoada onde tds lamberam ate os beiços. Após um chocolate de sobremesa tivemos direito inclusive a um cafezinho quente e fresco pra rebater a farta e deliciosa comilança! Na seqüência nos enfurnamos em nossas respectivas barracas, exaustos daquele dia perrengosamente molhado e cansativo. Ironicamente, estar na barraca foi bem mais doloroso pro meu combalido joelho do q a pernada propriamente dita. Isto pq pra circular dentro da mesma estar ajoelhado é lei, e qq pressão no mesmo já era incomodava bastante, razão pela qual tentei evitar ao máximo qq tipo movimento do tipo.

De resto, nosso maior temor era q caísse um dilúvio durante a madrugada, razão pela qual já esperávamos o pior, vedando aqui e ali, alem de reforçar as laterais da barraca. Entretanto tal temor foi injustificado pois a noite transcorreu tranqüila e sem maiores intercedências. De madruga saí pra “regar a moita” e pude vislumbrar perfeitamente as luzes faiscantes de Santos, cintilando ao longe! E novamente tornei a cair no sono embalado pelo som do vento remexendo o arvoredo ao redor alternado com o do marulhar relaxante da cachu, bem ao nosso lado.

Contrariando a previsão meteorológica, o domingo amanheceu sem qq vestígio de nuvens no firmamento e mto menos com o dilúvio anunciado. É, a chuva do domingo havia se antecipado pro dia anterior, pra azar nosso. Sendo assim, levantamos preguicosamente e sem pressa naquela manha agradavelmente tão linda qto fresca. Nem chuva nem sereno havia sob as barracas, nos poupando de levar o peso extra de água q nossas mochilas levavam do dia anterior.

Arrumamos as coisas após um farto café-da-manhã, jogamos as cargueiras nos ombros e nos pudemos à marcha novamente, as 8:15, voltando pela mesma trilha do final do dia anterior. Sob o canto metálico das arapongas cruzamos o riachinho q abastece o topo da Cachu Escondida e prosseguimos no mesmo compasso q o dia anterior, sempre bordejando a encosta serrana. A abundante vegetação filtrava os raios do sol deixando apenas pequenos e finos fachos alcançarem o chão, ora folhado ora pedregoso-arenoso, da trilha. Aquele seria um dia quente, mas ate então pernávamos no conforto do frescor da mata.

Após topar com mais algumas rústicas pinguelinhas e outros tantos córregos, a trilha transformou-se num brejo encharcado ate q finalmente desembocamos na picada principal por volta das 9hrs, a Trilha do Poço das Moças! Ao invés de seguir pra Paranapiacaba (direita), tomamos a esquerda afim de apreciar o belo visual do Mirante, afinal o tempo estava favorável a largos visuais. Não demorou e emergimos da mata num enorme descampadão de capim q atende pelo nome de Mirante, lembrando q estamos acima da cota dos 1000m acima do nível do mar. O nome não poderia ser mais apropriado pois daqui se descortina uma bela paisagem de td Vale do Mogi ate Cubatão, das duas linhas ferroviárias e ate da alva verticalidade de Sampa, no final daquela vastidão horizontal de tom esmeralda, pequenina ao longe. Pausa pra descanso e muitas fotos, claro.

Retomamos o ultimo trecho da caminhada logo depois, apenas voltando pela picada principal q logo alargou-se numa ampla vala ate dar lugar a um chão calçado de pedras escorregadias. Passada a famosa Pedra do Indio, um enorme maciço de granito q dizem ter forma de um rosto indígena, a picada finalmente esbarra no calçamento de paralelepípedos da famosa Estrada da Bela Vista. Como nunca a havíamos subido por inteiro seguimos a sugestão do Clayton de ir ate as torres de televisão q coroam seu cume afim de apreciar a paisagem, mas o máximo q se conseguimos vislumbrar foi a copa das arvores ocultando td.

Retornamos td o percurso da tal estrada ate finalmente deixar o portal de acesso ao Parque Municipal, onde havia apenas um jovem cantarolando um estridente funk e q corou-se de vergonha ao notar nossa presença próxima. Pra chegar no centrão de Paranapiacaba foram dois palitos, e depois de toda aquela pernada alcançamos a pacata vila inglesa as 10:30, onde estacionamos em definitivo no Bar do Raul, no centro do Largo dos Padeiros. À diferença do dia anterior, a vila estava repleta de turistas aproveitando o bom tempo. E la ficamos à toa, bebemorando nossa trip degustando várias porções de salgados, amendoim, frango e calabreza. Apenas no meio da tarde q o pessoal lembrou do seu dever cívico e foi justificar na escola do vilarejo, enqto eu enchia a cara ao mesmo tempo q apreciava o vai-vem da turistada ao redor.

O fato é q so deixamos o vilarejo tortinhos da Silva após 14 cervejas, inúmeras porções e uma conta acima dos R$120 q deve ter deixado o dono do bar com os olhinhos em formato de enormes cifrões. Claro q tds nos esmeramos em revirar ate o fundo dos bolsos pra não ter de lavar pratos. E por volta das 17hrs q de fato deixamos o vilarejo, já novamente imerso em suas tradicionais brumas e ate um certo frio pairando no ar. O resto das baldeações bus-trem-bus foi logicamente realizado inteiramente no mundo dos sonhos..

&nbsp,Já em relação ao imponente Vale do Quilombo, c/ a constatação de tanta bifurcação vista por lá opções derivantes da tradicional “Volta da Serra” é o q não faltam. Só naquela ocasião já mapeamos três futuros roteiros possíveis q enveredam pelas entranhas dos contrafortes dessa majestosa serra, dos mais variados níveis de tempo e perrengue. Agora só basta uma nova oportunidade e juntar gente disposta&nbsp, p/ perscrutar os meandros verdejantes desse belo&nbsp, e maravilhoso rincão de Serra do Mar. E assim mais uma vez Paranapiacaba mostra-se como a opção mais interessante e diversificada p/ pernadas p/ um final de semana “selvagem e perrengoso” p/ andarilho nenhum botar defeito. Repleta de historia e natureza, a notória e ilustre vila inglesa tem de fato mtos outros lugares “de onde se avista o mar” ainda p/ serem desvendados e mtas surpresas ainda p/ explorar.

Texto e Fotos: Jorge Soto
http://www.brasilvertical.com.br/antigo/l_trek.html
http://jorgebeer.multiply.com/photos

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Sobre o autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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