Reconhecer as diferenças de expectativa de visitação entre montanhistas e visitantes normais, não exigir guias obrigatórios em trilhas, fazer gestão participativa com conselhos e câmaras técnicas de montanhismo e escalada. Estas parecem demandas simples, mas podem fazer toda a diferença para os montanhistas que dependem dos parques para praticar seu esporte e cultivar sua cultura e estilo de vida.
Demandas de montanhistas como as descritas acima fazem parte agora de um documento, com diversos outras recomendações relativas à segurança e direito ao risco, diversidade de atrativos de parques, condutores, acessos etc. Este documento foi redigido com ampla participação de gestores de diversos parques e montanhistas, resultando em um consenso entre as partes.
Dado a ampla participação de gestores, que vieram de diversos estados e de inúmeras Unidades de Conservação, os esforços já poderão dar resultados em pouco tempo. Gestores de parques estaduais do Espírito Santo, onde a escalada é definitivamente proibida, se emocionaram com a filosofia e o trabalho dos montanhistas, refletindo sobre as proibições em seus parques e concluindo que é preciso atualizar suas concepções.
Este documento, no entanto, é apenas de recomendações. Mesmo legítimo e sendo resultado de uma participação entre montanhistas e órgãos ambientais, não obriga os gestores a segui-lo. Sua assinatura, no entanto, é um grande passo que os montanhistas terem, de fato, o direito ao acesso às montanhas.