A informação, aparentemente “Oficial”, dá conta de que ele estava com equipamento adequado mas costuras utilizadas de forma errada, que alguém havia preparado para ele, segundo revelado por várias fontes a fita foi invertida deixando toda carga apenas nas borrachas que servem para aperta-la junto aos mosquetões da costura, ele sentou na cadeirinha e caiu aproximadamente 20 metros fazendo um “zipper”, arrancando as proteções.
Em menos de um ano tivemos três acidentes fatais envolvendo escaladores no Brasil, o que deve ser considerado um numero alto na média dos últimos 100 anos da pratica do Esporte, muito se comentou sobre as tragédias e a Morte de três jovens companheiros mas pouco ou quase nada foi divulgado sobre os fatores que levaram a ocorrência dos fatos.
Comparo então com um Esporte do qual sou adepto e apaixonado, o Parapente, um esporte de Alto risco, mas se considerarmos a relação entre o numero de praticantes, que já passa dos 5.000 no Brasil e o numero de acidentes fatais ocorridos, será notório que este índice está abaixo da média dos casos de morte dos praticantes da Escalada em Rocha no Brasil.
Interessante é saber que quase 100 % das “inconformidades” ocorridas tem origem na falha humana das pessoas envolvidas.
O Vôo Livre é encarado de forma técnica pelos seus praticantes, ninguém voa se não estiver habilitado e frequentado um Curso Básico, os Acidentes e Incidentes são analisados tecnicamente para avaliar suas causas e divulgado para a comunidade de Pilotos, com intuito de se evitar novas tragédias.
Está na hora das Associações, Clubes, Academias e Federações assumirem a análise técnica dos Acidentes e Incidentes que estão ocorrendo nas Academias e Montanhas e Sítios de Escaladas no Brasil, afim de proporcionar melhores condições de segurança aos Montanhistas e Escaladores Esportivos.
Sabemos que normalmente um incidente ou acidente nunca é gerado somente por um motivo, ele é fruto de uma sucessão de erros geralmente imperceptíveis ao praticante que o comete e em alguns casos são notados por culminarem em lesões pequenas ou graves.
A responsabilidade sobre a segurança está na mão do Escalador que vai na ponta e é ele quem deve decidir, analisar e verificar se os equipamentos e procedimentos técnicos de segurança estão corretos, simplesmente porque sobre ele recairá toda a consequência se algo der errado.
O Fato é triste e lamentável e deixa todo mundo abalado, família, amigos e companheiros perdem o chão quando recebem uma noticia ruim destas, mas isto não impede que se façam estudos e análises para que tenhamos laudos técnicos adequados sobre os casos contribuindo com a segurança dos praticantes de Montanhismo e da Escalada Esportiva.
Ficamos aborrecidos quando isto acontece e espero não ter que ler ou divulgar artigos e noticias tão tristes!
Abraços,
Julio Nogueira