Crítica do Filme Meru

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Fora o trabalho e quando não estou trilhando por ai, meu segundo hobby é assistir filmes, muitos filmes. A formação em comunicação me fez tomar pelo gosto da “Sétima Arte” e sempre que tenho tempo busco me informar de lançamentos, produções alternativas e, claro, filmes outdoor. Eis aqui duas sugestões pra assistir quando estiver á toa ou quando o mau tempo impossibilitar a prática do seu esporte preferido. Ambas as dicas facilmente baixáveis na rede.
“Meru” (Jimmy Chin, 2015) é um estupendo documentário que narra a proeza de três amigos alpinistas para realizar uma das escaladas mais difíceis e técnicas do mundo, a via “Shark´s Fin” no Monte Meru, nevado localizado no Himalaia indiano e com 6.600m. Sim, embora mais “baixo” que o Everest, conquistado em 1953, o Meru só teve alguém pisando seu cume em 2011, o que dá uma noção do perrengue que era subir o lugar até então.
Com imagens deslumbrantes e muito bem feitas para uma produção alternativa (de escassos recursos), o bacana da fita é que paralelamente narra a saga pessoal de cada integrante da expedição. Ali, a superação dos demônios particulares de cada um nunca soa piegas ou forçado, pois é tudo documentado com depoimentos sinceros e valiosas imagens de arquivo.
Resumindo, é um filme que merece ser visto por todo mundo e não apenas por montanhistas, pois trata de um tema universal. Mas pra galera alpinista, escaladora, trekkeira e montanhista é um filme obrigatório, pois terá sabor especial: além de identificação plena com os protagonistas, legítimos “parças” que gostaríamos de ter em qualquer perrengue outdoor, essa galera entende como ninguém os motivos que os levam a, por exemplo, subir uma montanha.

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Sobre o autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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