Todos os cumes sulamericanos na alta Ásia em 2017

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As temporadas de escalada de primavera, verão e outono nas maiores cordilheiras da Ásia já findaram, faltando apenas alguma atividade residual, e assim é possível compilar todos os cumes Sulamericanos nas montanhas de 7000 e 8000 metros.

LISTAGEM DE CUMES

Como a maior parte dos cumes não tem divulgação na mídia ou então ocupam notícias dispersas aqui e ali, mostra-se interessante dar publicidade a todos os montanhistas ilustres e desconhecidos de nosso continente que alcançaram o cimo de alguma montanha de 8000 ou de 7000 metros neste ano:

11/Maio – Annapurna I – Sebastián Rojas (Chile) [1ºs chilenos no AN I]
11/Maio – Annapurna I – Juan Pablo Mohr (Chile) [1ºs chilenos no AN I]
16/Maio – Everest – Adriano Freire (Brasil)
19/Maio – Everest – Hernán Leal (Chile)
20/Maio – Dhaulagiri – Santiago Quintero (Equador) [8º oitomil]
22/Maio – Dhaulagiri – Claudia Lopez (Colômbia) [1ª colombiana no DH]
21/Maio – Everest – Karina Oliani (Brasil) [1ª sulamericana ambos flancos]
21/Maio – Everest – Oswaldo Aurelio Freire (Equador) [ambos os flancos] 21/Maio – Everest – Victor Hugo Rimac (Peru) [4º oitomil]
24/Maio – Everest – Guillermo Benegas (Argentina) [12º cume no EV]
24/Maio – Everest – Damian Benegas (Argentina) [5º cume no EV]
27/Maio – Everest – Santiago Perez (Equador)
27/Maio – Everest – Esteban Mena (Equador) [3º cume no EV]
28/Maio – Lhotse – Santiago Perez (Equador) [dobradinha EV + LH] 22/Julho – Gasherbrum II – Marcos Costa (Brasil)
22/Julho – Pik Lenin – Jens Rivadeneira Jimenez (Equador)
27/Julho – Broad Peak – Richard Hidalgo (Peru) [1º peruano no BP]
07/Agosto – Pik Pobeda – Jens Rivadeneira Jimenez (Equador)
08/Agosto – Pik Lenin – Esteban Mena (Equador)
13/Agosto – Pik Lenin – Claudia Cristina Bento (Brasil)

Além dos acima, houve dois “cumes” em antecimas (falsos cumes):
26/Setembro – Manaslu (Antecima) – Gabriel Guillar (Argentina)
28/Setembro – Manaslu (Antecima) – Graciela Flor Cuenca (Peru)

Como se pode ver do acervo acima, foram 8 cumes equatorianos em montanhas de 7000 e 8000 metros em 2017; 4 brasileiros; 3 chilenos; 2 argentinos; 2 peruanos; 1 colombiano.

ALGUNS FATOS CURIOSOS e TRÁGICOS

O momento mais sombrio deste ano foi a tragédia de Mariano Galván. Famoso e talentoso alpinista argentino, ele foi colhido em uma avalanche no Nanga Parbat, quando tentava a primeira repetição da travessia completa da Aresta Mazeno. O montanhismo sulamericano perdeu um dos maiores expoentes da nova geração.

Quanto aos cumes, nota-se ampla dominância do Equador no himalaísmo sulamericano nesse momento, com vários cumes sem oxigênio no Everest nos últimos anos e cumes no Everest, Lhotse, Dhaulagiri, Pik Lenin e Pik Pobeda em 2017. Sob a inspiração e incentivo de Ivan Vallejo, os equatorianos têm cada vez mais se destacado no cenário.

Quanto ao nosso querido Brasil, houve êxitos na temporada de primavera do Nepal (Adriano Freire e Karina Oliani no Everest), na de verão no Karakoram (Marcos Costa ascendeu o G2) e também na presente temporada de outono (Cláudia Bento no Pik Lenin, montanha que faz parte do circuito Leopardo das Neves). Karina Oliani terminou o ano com a distinção de ser a primeira mulher brasileira – e sulamericana – a ascender o Everest por ambos os flancos (Face Sul/Nepal e Face Norte/Tibete).
Destaque vai também para os primeiros cumes chilenos no perigoso Annapurna I e o primeiro cume peruano no Broad Peak.
Por fim, o experimentadíssimo guia e líder de expedições da empresa Patagonian Brothers, o argentino Willie Benegas, fez seu 12º cume no Everest e segue como o sulamericano com mais sucessos naquela montanha.
Autor: Rodrigo Granzotto Peron
Finalização do texto: 5.10.2017







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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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