Qual é a criança que não gosta de acampar?
E qual é o adulto que se permite acampar?
Qual foi o momento em que perdemos aquela criança que não se importava em dormir algumas noites sem o colchão, sem um travesseiro confortável e sem um cobertor macio com cheiro de amaciante?
O que mais ouço é: não tenho mais idade pra isso… por que não?
Onde aprendeu isso?
Ou melhor, onde desaprendeu a gostar daquilo que é simples?
Na infância o acampamento é a zona de conforto… já na vida adulta, os confortos são muito mais sofisticados e com a influência da sociedade moderna e consumista vamos ficando cada vez mais longe daquela criança cujos olhos brilhavam quando viam uma barraca, mesmo que fosse na sala de casa feita com cadeiras e um cobertor jogado por cima…
Eu nunca acampei fora da sala da minha casa na época em que eu era criança mas esse sonho eu carreguei comigo até ficar adulta e hoje, com 35 anos, já acampei em tantos lugares que de cabeça não sei nem quantificar! E sabem de uma coisa?
Quando estou acampada tudo fica mais bonito e mais colorido!
Me sinto leve e livre, me sinto parte da natureza que está ali ao meu redor! Sou criança novamente!
3 Comentários
Linda! Menina que muito nos ensina!!!
É verdade, acampar é gostoso. Acho que quando ficamos mais velhos, acontece justamente isso que você escreveu…a comodidade ocupou a alma das pessoas porque onde não há ar condicionado, convencionou-se que é uma grande roubada. Admito minha inclusão nesse grupo desumanizado.😂😂😂
Lembro de acampar no litoral e umas 3 x no interior de São Paulo, e quando se tem fome, 1 boca de espiriteira cozinha o arroz só com sal mais delicioso da vida. Fritava toucinho porque não tínhamos geladeira e ele suporta qualquer coisa…era o nosso menu degustação harmonizado com a extensa carta de sabores de TANG, rs.
Acabamos de chegar na Chapada dos Guimarães – MT, e o encantamento com essa beleza me dá coragem até pra dormir numa caverna dessas aqui.
Feliz 2019 pra você Marise e pra todos os que estão aqui com a gente, e que Deus permita que possamos resgatar a alma da criança que ficou presa por nossa própria falta de nós mesmos.
O mesmo serve para a bicicleta, andar de bicicleta sim!