A aventura começa à luz da lanterna subindo até o Mãe Catira, chegamos ao cume junto com o clarear do dia.
Chegando ao cume conseguindo ainda observar as montanhas em nosso entorno, sem saber que seria nossa única visão da travessia. Logo no primeiro descanso a chuva desabou e o tempo fechou, borá descer o Mãe Catira com chuva!!!
Chegando ao cume do Polegar sem visão alguma e encharcados, continuamos nossa jornada sem pausa, rumo ao Casfrei. Chegando lá abriu uma pequena janela para o próximo cume, que acreditamos ser o Esporão do Vita, logo estávamos lá para o nosso descanso, ao sentarmos na clareira a dona do cume tentou subir nas costas do Luís, levou um baita susto, era uma enorme caranguejeira marrom.
Ainda sem visão partimos rumo ao próximo morro. Tapapuí nos espera! Após vencermos o Tapapuí descemos rumo ao vale, logo passando o rio Do Meio encontramos uma ótima clareira para o acampamento, pois já estava tarde, largamos as mochilas ali, e da lhe ataque ao cume sem peso, porque sabíamos que ele estava próximo, mesmo sem visão, mas com o prazer da conquista, somente depois do retorno descobrimos que era somente o primeiro cume do Farinha Seca.
Retorno ao vale e acampamento montado, preparamos aquela janta estilo Uruonça, arroz com bacon, strogonoff de alcatra com champignon e batata palha e para finalizar aquela caipira de montanha.
Madrugada de muita chuva e vento, mas estávamos protegidos no vale. Amanheceu e após aquele café da manhã reforçado, decisão tomada em grupo de descermos pela “fuga”, um escape da serra descendo pelo leito do rio.
Mal sabíamos que desceríamos por 7 horas por dentro do rio, pedras lisas e com limbo, cansaço foi grande e até parece que a caminhada não rendia, mas o visual do Rio do Meio é espetacular. Várias quedas d’água, paredões, árvores caídas no meio do rio que formam um visual único e também o pequeno cânion incrível que passamos por dentro.
Quando avistamos o começo do pasto já saímos do rio, estávamos no sítio Jardim do Édem, andamos um pouco e para desviar dos bois Zebus demos um perdido pelo mato a dentro.
Retornando no caminho do sítio chegamos a estrada velha da Graciosa, lá vamos nós andar mais alguns kms no asfalto, após passar o portal da Graciosa chegamos a lanchonete para tomar aquela bera gelada para comemorar nossa jornada e esperar nosso resgate.
Travessia realizada nos dias 01/09/2018 e 02/09/2018
Nível da Travessia: Difícil/Experiente
Grupo da travessia: Christiano N.
Hércio Amado da Silva
José Alexandre
Luís Felipe Ribas
Texto e fotos: Christiano Nunes Nascimento.