Escalador polonês livra via de 11a em solitário

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A escalada é um esporte que requer preparo físico e mental. Assim, ao escalar em solitário, onde o escalador utiliza técnicas de ancoragens e auto segurança, esse desafio se torna ainda maior. Agora imagine escalar uma via com graduação de 8c francês, equivalente ao 11a no Brasil, com 550 metros de altura no coração das Dolomitas, na Itália. Além de cordas, sapatilha, equipamentos de proteção e capacete, com certeza é necessário levar uma dose extra de sangue frio e concentração em sua mochila.

Escalar em solitário exige muita concentração e preparo psicológico. Foto: Piotrek Deska

Esse foi o feito do escalador polonês, Lukasz Dudek, realizou para comemorar os seus 20 anos de escalada. Ele escalou em solitário a via Pan Aroma , graduada em 8c de 550 metros (5.14b) no pico ocidental do Tre Cime di Lavaredo, nas Dolomitas.

“É uma combinação de esporte pesado e alpinismo, equipamentos e logística complicada e, para mim, a nova arte da escalada solo. Foi o maior desafio da minha vida ”, revelou Dudek. Entretanto, essa via foi escalada em livre apenas seis vezes. A primeira fez por Alex Huber, e na sequência por Hansjörg Auer , David Lama , os Irmãos Pou  e Heli Kotter. Todavia Dudek foi o primeiro a realizar a escalada em livre e solitário.

Dudek na Pan Aroma. Foto: Piotrek Deska

Para isso, Dudek treinou escalada em solitário em sua região na Polônia e viajou algumas vezes para Itália para “malhar” a via. Na sua terceira viagem esse ano ele conseguiu chegar ao topo sem nenhuma queda.

De acordo com ele a parte mais difícil foi a travessia de 60 metros pelo teto, seguida por um crux de 8b + (5.14a). “É assustador como o inferno!”, disse Dudek. Todavia, o escalador levou 17 horas para concluir a via toda.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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