Como cagar na montanha?

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Somos humanos e as nossas necessidades fisiológicas também são necessidades básicas. Precisamos fazer isso com certa regularidade de tempo e não há muito como evitar, mesmo que você esteja na montanha. No entanto, cagar na montanha é também um problema ambiental que pode causar sérios danos a ambientes naturais.

Luxuosa privada no Puna do Atacama. Mas nem todas as montanhas tem uma dessas. Foto: Vinícius Vieira

Antigamente, era comum a prática de enterrar os desejos (inclusivo o papel higiênico) na própria montanha.  No entanto, com o aumento de frequentadores nas trilhas, essa pratica está caindo em desuso, principalmente pela quantidade de material deixado na montanha que não será absorvido pelo ambiente gerando a contaminação do solo e da água.

Atualmente existe até mesmo um livro sobre como fazer as necessidades fisiológicas em montanha com o título “Como Cagar en El Monte”. No entanto, a técnica mais indicada, inclusive obrigatória em algumas montanhas, é trazer os dejetos de volta e dispensa-los corretamente. Para isso, existem os Shit Tube ou tubos de desejos, um equipamento exclusivo para você armazenar os desejos sólidos e transportá-lo em segurança, sem o risco de sujar a sua mochila ou roupas. Esse equipamento pode ser comprado em lojas de montanhistas ou mesmo ser feito em casa.

Todavia, o Shit Tube não é a solução definitiva, uma vez que ele transforma os dejetos em resíduos sólidos. Ou seja, ao chegar na cidade você precisará fazer a destinação correta do resíduo, preferencialmente em um vaso sanitário.

O local onde você irá fazer suas necessidades na montanha também precisam de uma atenção especial. Nunca faça próximo a cursos de rios para na contaminar a água. Também não é indicado fazer em locais muito frequentados, pois não há nada mais desagradável do que se deparar com papeis higiênicos e coco em uma trilha.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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