Adam Ondra escala histórica via artificial em livre pela primeira vez

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O atleta Adam Ondra realizou a primeira ascensão em livre da via ‘Příklepový strop’ na República Tcheca, seu país natal. Essa é uma via que foi subida apenas com técnicas de escalada artificial até hoje. Ela é considerada a parede mais longa e mais íngreme do país com mais de 120 metros de profundidade divididos em cinco cordadas.

Ondra durante a escalada de Příklepový strop

Mesmo sendo um dos atletas da escalada mais famosos do mundo e estando no seu “quintal de casa”, Ondra precisou de uma autorização especial para escalar essa via. Isso porque ela está localizada no abismo de Macocha, uma espécie de buraco/caverna onde só é permitido escalar durante cinco dias por ano devido as regras de proteção ao ambiente. Além disso, dezembro é a única época em que a parede fica seca.“Este é o único momento em que o cofre seca o suficiente. Caso contrário, o ar quente e o frio colidem na rocha e tornam a rocha inescalável”,

Ondra sugeriu a graduação de 8b+ o equivalente ao 10c na graduação brasileira. Todavia, ele diz que contar apenas com o grau e o número de cordadas “não faz justiça ao quão aventureira, difícil e única foi a experiência”. Ele alerta ainda sobre as dificuldades que futuros escaladores poderão encontrar nessa via. Má proteção, umidade, baixas temperaturas, colapso selvagem e o número limitado de dias em que você pode experimentá-lo tornam algo inesquecível”.

A via foi conquistada em 1986. Outros escaladores, como Dušan Janák e Jan Straka, já tentaram escalar ela em livre, porém todos sem sucesso. Ondra revelou que ele precisou de duas tentativas para conseguir encadenar as duas primeiras cordadas. “Tive sucesso. Precisei de duas tentativas na primeira e segunda enfiadas, mas ainda é uma performance valiosa para mim”, escreveu.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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