Matterhorn deixará de estampar a embalagem do famoso chocolate Toblerone

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O Matterhorn é conhecido mundialmente por suas escaladas desafiadoras, no entanto a sua imagem ficou ainda mais famosa após estampar por décadas a embalagem do chocolate Toblerone. Todavia, devido a uma lei nacional para proteger os símbolos do país e a credibilidade de marcas suíças, a embalagem terá que mudar e não poderá mais ter esse icône do montanhismo como “garota propaganda”.

O Toblerone é um chocolate inspirado nas montanhas da Suíça. Foto: Rafael Wojcik

Essa mudança se deve, pois a Mondelez está transferindo parte da produção para a Eslováquia. E a legislação suíça prevê que símbolos nacionais, no caso o Matterhorn, não podem ser usados para promover produtos à base de leite que não sejam fabricados exclusivamente na Suíça. No caso de outros gêneros alimentícios, pelo menos 80% da matéria-prima do produto deve ser proveniente do país. ⁠

Segundo as autoridades suíças, a associação de uma marca ao nome do país pode resultar em um acréscimo de 20% ou mais no valor do produto. Assim, para garantir a credibilidade de que o produto é realmente suíço e segue as normas do país, a lei foi criada. Portanto, com a mudança, o Toblerone também perderá o status de chocolate suíço que é considerado de excelente qualidade.

O chocolate também deixará de ser considerado um produto suíço. Foto: Rafael Wojcik

A fabricante disse que irá substituir a imagem do Matterhorn por uma montanha genérica. “O redesenho da embalagem apresenta um logotipo de montanha modernizado, que se alinha com a estética geométrica e triangular”, disse um porta-voz da Mondelez ao jornal suíço Aargauer Zeitung.

O chocolate continuará tendo o formato de triângulo que é uma referencia as montanhas do país natal do chocolatier suíço Theodor Tobler.

::Leia também: A conquista do Matterhorn – Cervino

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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