Kristin Harila começa projeto para escalar os 14×8 mil sem oxigênio em um ano

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A norueguesa ganhou fama na comunidade e montanhismo internacional em 2022 quando tentou superar a marca de Nirmal Purja e concluir a escalada dos 14x 8 mil metros em menos de seis meses. No entanto, devido aos entraves burocráticos da China, ela não conseguiu escalar o Cho Oyu e o Shishapangma em tempo hábil.

Kristin Harila durante o projeto 14×8 em 2022.

Assim, esse ano Kristin começou um novo projeto, talvez ainda mais desafiador do que o primeiro. Ela pretende escalar os 14×8 mil sem oxigênio o período de um ano. Todavia, para isso ela terá que repetir a escalada dos 12 oito mil que ela realizou em 2022. Isso porque ela usou oxigênio em suas ascensões.

Além do feito de ser a pessoa mais rápida a escalar os 14×8 mil sem oxigênio ela também se tornará, se tudo correr bem, a pessoa mais rápida a escalar os 14×8 mil duas vezes. Kristin acredita que seu corpo será capaz de aguentar tamanho esforço físico e o frio. No entanto, existem outros fatores que podem atrapalhar o projeto ousado da montanhista como as condições climáticas, o financiamento e até mesmo os entraves burocráticos.

Se concluir o projeto, ela será a terceira mulher a escalar os 14×8 mil sem oxigênio. Gerlinde Kaltenbrunner e Nives Meroi foram as duas primeiras. Entre os homens, o mais rápido a escalar os 14 oito mil sem oxigênio foi o coreano Chang-ho Kim. Ele 7 anos, 10 meses e 6 dias para conquista esse feito.

Nesse momento, Kristin está no Manaslu e já chegou ao Acampamento 2 no primeiro ciclo de aclimatação. Além da norueguesa, também estão na expedição Gelje Sherpa, um pequeno grupo de sherpas, e a montanhista Adriana Brownlee.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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