Montanhistas superlotam acampamentos altos do K2 para esperar tempo bom para ataque ao cume

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Cerca de 250 montanhistas deverão tentar chegar ao cume do K2 nos próximos dias. O mal tempo gerou atrasos na fixação da rota e agora os montanhistas estão correndo contra o tempo para alcançar o cume antes do final da temporada. No entanto, o tempo instável e o maior número de pessoas tentando o cume de uma só vez, torna a escalada ainda mais arriscada e perigosa.

Cume do K2. Foto: Rolf Zemp

Mais de 50 montanhistas superlotam o Acampamento 3 (7.400 metros) aguardando a melhora do tempo e a finalização da rota. A equipe de trabalhadores de montanha responsáveis pela colocação das cordas fixas já alcançou o acampamento 4 e estão aguardando uma melhora no tempo para chegar até o cume.

Muitos montanhistas pretendem fazer a tentativa de cume saindo do acampamento 3. Entre eles está a norueguesa Kristin Harila que tinha até a data de hoje (26/07) para concluir o projeto de escalar os 14×8000 no prazo de três meses.

No entanto, será um longo e exaustivo dia de escalada com mais de 1200 metros de desnível e alguns gargalos onde só é possível passar uma pessoa por vez como no Botleneck (Gargalo da garrafa). Além disso, eles alcançaram os pontos mais difíceis da rota no final do dia, quando as condições de clima são ainda piores.

Após o cume, ainda está incerto como será realizada a descida, uma vez que não há espaço para todos acamparem na montanha. Já a descida do cume até a base de uma só vez também é possível, mas pode levar mais de 24 horas de esforços contínuos.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

2 Comentários

  1. LEONARDO BOLONI em

    Montanhistas….trabalhadores de montanha……consumidores de esportes que dependem de equipes de manutenção ……coisas de sociedade de consumo? As montanhas pagam o preço…….

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