Morro do Anhangava e Samambaia ficará fechado até as 15h no Dia do Trabalho

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As trilhas do trilhas do Anhangava e do Samambaia na Serra da Baitaca em Quatro Barras foi fechado as 18 horas de 30/04. Ele será reaberto para visitação de montanhistas, trilheiros e escaladores apenas em 01/05, a partir das 15 horas.  A medida foi tomada pelo Instituto Água e Terra (IAT) para controlar o número de pessoas que deverão acessar as duas montanhas para participar da tradicional Missa da Paz.

Missa da Paz realizada pela Paróquia São Sebastião.

De acordo com o IAT, a celebração ocorre há 74 anos na Unidade de Conservação (UC) e é organizado pela Paróquia São Sebastião, de Curitiba. Para evitar a sobrecarga da trilha e maiores danos ao meio ambiente, será permitida apenas a entrada de 430 fiéis previamente cadastrados.

Para chegar ao local da missa que é realizada no cume do Samambaia, os fiéis precisam caminhar cerca de 6 quilômetros. O trecho apresenta baixo a médio grau de dificuldade.

O início da tradição

A celebração tradicional começou em 1950, quando dezenas de famílias que moravam na região se reuniram nessa data para rezar um terço pedindo a manutenção da paz, resquício da Segunda Guerra Mundial (1935-1945). Desde então, a celebração é realizada todos os anos e já chegou a reunir milhares de pessoas no cume da montanha.

Em 2002 com a criação do Parque Estadual Serra da Baitaca começaram alguns esforços para a preservação da montanha e a mitigação dos danos causados pela visitação massiva. Em 2017, o ato religioso foi oficialmente inserido no plano de manejo do parque. Por ser previsto o aumento de aventureiros nesse dia em virtude do feriado, foram criadas as medidas de restrição de visitantes.

Já as trilhas do Pão de Loth e do Itupava permanecerão abertas, pois não interferem no evento religioso. Contudo, para acessar o Caminho do Itupava é necessário assinar um termo de conhecimento de riscos.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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