Mulher de 20 anos é resgatada após se lesionar no Morro Pão de Loth. Confira dicas para evitar acidentes

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Uma mulher de 20 anos precisou ser resgatada após sofrer uma lesão no joelho, em 22 /09, no Morro Pão de Loth, em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. A equipe do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros foi acionada e contou com a ajuda do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) para remover a vítima do local.

Helicóptero auxiliando no resgate. Foto: Divulgação BPMOA

Segundo informações, a mulher se machucou ao tentar ultrapassar um obstáculo na trilha e não conseguiu mais se locomover sozinha. Ela recebeu os primeiros atendimentos ainda no local e foi removida da montanha com o auxílio de um helicóptero. Para esse resgate, foi utilizada a manobra conhecida como McGuire, em que a maca é içada  de um local de difícil acesso com o auxílio de uma corda. A jovem foi levada ao Hospital do Trabalhador, onde recebeu atendimento.

O Morro Pão de Loth, junto com o Morro do Anhangava e Samabaia, faz parte do Parque Estadual da Serra da Baitaca,  Unidade de Conservação que registrou  o aumento da quantidade de visitantes em 2024. De acordo com o Instituto Água e Terra (IAT), as visitações no parque aumentaram 20% este ano. Até o mês de agosto, o parque já havia recebido 54.943 visitantes, em comparação com 46.264 no mesmo período em 2023. Essas montanhas também são conhecidas por serem acessíveis fisicamente e estarem próximas de Curitiba, o que pode contrinuir para o aumento das visitas.

Como prevenir acidentes

Com o aumento da visitação, também cresceram os problemas relacionados à preservação das trilhas e o número de pessoas sem preparo, o que resulta em maiores riscos de acidentes. No entanto, algumas dicas podem ajudar a prevenir esses acidentes:

Prepare-se fisicamente

Mesmo em montanhas mais acessíveis, qualquer trilha desse tipo exige preparo físico. Para chegar ao cume, são necessárias várias horas de atividade intensa. Em geral, as pessoas tendem a ficar mais suscetíveis a quedas, torções e escorregões quando estão cansadas fisicamente. Assim, quanto maior for o preparo físico, melhor será o desempenho na trilha e menos o cansaço e o risco de acidentes.

Nunca saia da trilha

Com o aumento das visitações, é comum haver filas em pontos de maior dificuldade e muitas pessoas acabam saindo da trilha para dar passagem a outros usuários. Sem contar as pessoas que tentam contornar obstáculos. No entanto, o terreno fora da trilha geralmente é mais instável, escorregadio, e pode escoder armadilhas e perigos. Um exemplo é quando há uma seção de rochas e as pessoas preferem andar sobre a vegetação ao lado por acharem mais seguro ou mais fácil. No entanto, além de contribuir para a erosão e destruir a vegetação, essas pessoas se colocam em maior risco ao pisar em solo instável, escorregadio e sem nenhuma contenção, ou seja,  que pode desabar com mais facilidade.

Vá com alguém mais experiente

Se você está começando a subir montanhas agora, opte por ir com alguém mais experiente ou que conheça o local. Além de mostrar o melhor caminho, essa pessoa poderá dar dicas de segurança para a trilha.

Use equipamentos adequados

O uso de equipamentos como botas ou tênis para trekking, bastões de caminhada e lanternas de cabeça aumenta a segurança durante a atividade. Os calçados para trekking são projetados com solados apropriados para não escorregar em diversos tipos de terreno (rocha molhada, terra, barro, etc). As botas proporcionam mais estabilidade e diminuem as chances de torção de tornozelo, enquanto o bastão de caminhada ajuda no equilíbrio. Já a lanterna de cabeça é fundamental para enxergar os obstáculos em momentos com pouca luz ou durante a noite.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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