Corredores batem recordes de velocidade na escalada no Ama Dablam

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O Ama Dablam, considerado uma das montanhas mais icônicas e belas do Himalaia, foi cenário de mais dois recordes de velocidade. Tyler Andrews completou a subida do acampamento base ao cume em  3h52min, concluindo a ida e volta em 6h20min. Já Chris Fisher percorreu o trajeto desde a vila de Pangboche até o cume em 6h44min (completando a ida e volta em 11h20min).

Ama Dablam visto desde o famoso trekking ao Acampamento Base do Everest. Foto: Pedro Hauck

Além de seus impressionantes 6.814 metros de altitude, o Ama Dablam é uma montanha extremamente técnica, com trechos íngremes e de escalada em rocha. A ascensão exige o uso de cordas para aumentar a segurança dos montanhistas. Com as conquistas de Andrews e Fisher, o montanhismo de velocidade avança ainda mais sobre montanhas de alta complexidade técnica.

O recorde anterior de ida e volta entre o acampamento base e o cume pertencia a Mathéo Jacquemoud, que completou o percurso em 6h23min. Já o recorde de escalada saindo da vila de Pangboche pertencia a Tyler Andrews, que havia estabelecido a marca anteriormente.

Esta foi a segunda visita de Andrews ao Ama Dablam e a primeira de Fisher.

Meta cumprida

“Um salve para Mathéo Jacquemoud por estabelecer uma marca incrivelmente forte no ano passado, que me forçou a ir ao limite absoluto”, agradeceu Andrews ao antecessor.

Andrew durante a subida. Foto: @tylercandrews

Fisher, em suas redes sociais, também comentou sobre o feito: “Corri da vila até o cume, 3.000 metros de subida e 12 km em 6h44min, e completei a viagem de ida e volta em 11h20min. Foi um grande desafio, e estou empolgado por quebrar o FKT (Fastest Known Time) de Tyler, apesar de não ter alcançado minha meta pessoal.”

Fisher em frente ao desafiador Ama Dadlam. Foto:@chrisjfish

Fisher ainda mencionou que estava doente e que, por isso, não conseguiu ultrapassar os 5.800 metros antes do ataque ao cume: “Eu também não tinha passado do Acampamento 1 até o dia do cume, então a maior parte da rota era totalmente nova para mim. Na descida, fiquei preso em um engarrafamento de montanhistas, o que custou cerca de 60 minutos de inatividade. Esta montanha tem muitos pontos estreitos, e quanto mais cedo você vai, melhor”, comentou, já planejando sua próxima investida na montanha.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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