O Corredor Malásio realiza percursos com seu gato nos ombros e chama a atenção nas redes sociais

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Uma dupla inusitada tem conquistado corridas e maratonas, tornando-se uma sensação nas redes sociais. O corredor da Malásia, Apak, de 42 anos, e Jibek, seu gato mestiço de Maine Coon, de 7 anos e 7,5 kg, estão desafiando os limites e redefinindo as expectativas sobre o que é possível em provas de corrida.

A dupla em uma corrida de 10 km. Foto: Arquivo Pessoal

Além da resistência e força necessárias para correr longas distâncias, Apak treina para carregar seu gatinho de mais de 7 quilos nos ombros. O bichano, por sua vez, parece não se incomodar com os sacolejos e segue tranquilo por todo o percurso.

A parceria dos dois começou em 2017, quando Apak e Jibek começaram a caminhar juntos por algumas trilhas. Ou melhor, Apak caminhava enquanto o gato descobria o mundo nos ombros de seu humano. Desde então, os dois já subiram mais de 50 montanhas na Malásia.

No entanto, foi em 2022 que começaram a participar de corridas de rua e trail run. A mais recente corrida da dupla foi a The Magnificent Baling 100, realizada em Kedah. Apak filmou e compartilhou em suas redes sociais partes do percurso de 10 km. A imagem da dupla correndo lado a lado gerou uma onda de engajamento, com o vídeo viralizando nas plataformas como Instagram e TikTok.

Os dois exibindo a medalha conquistada no The Magnificent Baling 100. Foto: Arquivo Pessoal

O que torna essa parceria ainda mais cativante é o cuidado que Apak demonstra pelo seu companheiro de corrida. Enquanto muitos corredores se preocupam apenas com géis energéticos ou bebidas isotônicas para não perder tempo, Apak faz uma pausa para alimentar seu gato no meio da corrida. Uma cena inusitada que faz qualquer espectador sorrir.

“De vez em quando, eu o alimento para garantir que ele esteja de bom humor… Também trouxe um ventilador portátil, guarda-chuva e capa de chuva, caso o tempo não esteja tão bom”, disse o corredor.

Jibek se refrescando durante a corrida. Foto: Arquivo Pessoal.

Assim, a dupla vem cruzando linhas de chegada e conquistando as medalhas de finalização, provando que são muito mais do que uma curiosidade nas redes sociais. Eles são atletas de resistência legítimos, com mais de 40 medalhas conquistadas. A história deles, que começou de forma descontraída e divertida, agora é um testemunho de dedicação e superação.

Em 2023, a dupla ganhou notoriedade ao participar da Maratona Kuala Lumpur Standard Chartered, atraindo olhares e admiração pelo seu estilo único de correr e treinar. Mas para Apak, a jornada não é sobre fama. É sobre construir uma conexão especial com Jibek, seu amigo de quatro patas, e explorar os limites do que pode ser feito quando se tem um parceiro tão leal e aventureiro ao seu lado.

Animais domésticos na Natureza

Embora a história de Apak e Jibek seja inspiradora, levar animais de estimação para passeios ao ar livre e ambientes naturais pode apresentar riscos e problemas tanto para os animais quanto para os ecossistemas locais.

Embora os animais de estimação sejam parte importante de nossas vidas, é fundamental compreender que eles não pertencem ao ambiente selvagem e, por isso, sua presença nesses locais pode causar danos inesperados, como:

  1. Impacto no ecossistema
    Ambientes naturais, como parques, trilhas, florestas e praias, são habitats delicados, onde as espécies nativas vivem e se desenvolvem. Animais de estimação, principalmente aqueles que não estão adaptados ao ambiente selvagem, podem alterar esse equilíbrio. Eles podem interagir com espécies locais, predar animais selvagens ou até transmitir doenças que podem afetar a fauna nativa. Isso pode prejudicar a biodiversidade e comprometer a saúde do ecossistema.
  2. Exposição do animal a riscos
    Ambientes naturais são muitas vezes desconhecidos para os animais de estimação, oferecendo riscos que eles não enfrentam em casa. Eles podem ser picados por insetos, mordidos por outros animais ou expostos a plantas tóxicas. Além disso, podem se deparar com predadores ou situações perigosas que são difíceis de prever. A exposição a climas extremos e o contato com áreas não preparadas para a segurança dos animais também aumentam o risco de doenças e acidentes.
  3. Comportamento perturbador
    Animais de estimação, como cães e gatos, não têm o comportamento instintivo que os animais selvagens possuem para se comportar de maneira discreta em ambientes naturais. O som de latidos ou miados pode perturbar a vida selvagem, alterando seu comportamento, alimentação e padrões de reprodução. Além disso, a presença de cães pode assustar ou atacar outros animais, prejudicando o equilíbrio natural da fauna local.
  4. Responsabilidade de manter os animais controlados
    Mesmo que um animal de estimação seja bem comportado, ele ainda pode se distrair com cheiros ou sons desconhecidos, o que pode levá-lo a se afastar do dono ou até mesmo se perder. Isso pode ser perigoso tanto para o animal quanto para os outros seres vivos no ambiente. Manter um animal sob controle em um ambiente natural pode ser desafiador, e muitas vezes os donos não estão preparados para lidar com essa responsabilidade extra.
  5. Stress e desconforto para o animal
    Muitas vezes, os animais de estimação não estão acostumados com longos períodos de atividade física intensa ou com ambientes ao ar livre. Isso pode causar estresse, ansiedade ou cansaço extremo, prejudicando o bem-estar do animal. Mesmo os mais ativos podem ter dificuldades em lidar com terrenos irregulares, calor intenso ou frio extremo.
  6. Possibilidade de contaminação e danos ao ambiente
    Os resíduos de animais de estimação, como fezes e urina, podem prejudicar o solo e a vegetação local, além de poluir a água e atrair pragas indesejadas. Embora os donos de animais possam tentar limpar após seus pets, nem sempre é possível remover todos os vestígios, e a contaminação pode ser prejudicial ao ecossistema.
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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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